Educação
Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 2.885 alunos matriculados, sendo 566 no ensino infantil, 1.923 no ensino fundamental e 396 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 97,5% e em 2020 a cidade contava com 12 escolas de ensino fundamental e uma de ensino médio.
A sua nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 2019 foi de 5,3 para os anos iniciais e 4,0 para os anos finais, ocupando as 61ª e 146ª colocações no Estado, respectivamente. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.
Saúde
Dados do IBGE de 2019 apontaram que a taxa de mortalidade infantil foi de 9,39 óbitos por mil nascidos vivos. Já a taxa de internações por diarreias, em 2016, foi de 1,6 internações por mil habitantes. Em 2010, cerca de 25,3% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com nove estabelecimentos de saúde ligados ao Sistema único de Saúde (SUS).
Economia
Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 7.884,29 por habitante, o 154ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 38.314.620,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 34.281.280,00.
A cidade apresenta uma economia baseada na criação de caprinos e ovinos, na produção de leite e na plantação de feijão, banana, melancia, milho em grão e castanha de cajú.
Turismo
Um dos atrativos turísticos da cidade é o Cruzeiro, o principal mirante da região. De lá pode-se avistar toda a cidade e apreciar a vegetação típica do sertão pernambucano. O local também é um ponto de romaria devido à Venerada Santa Cruz, como é chamada a cruz que há no local.
Outra coisa que merece ser vista é o Centro Urbano do município, incluindo a Igreja Matriz, em estilo neoclássico, e a Pousada Santa Cruz, construída por alemães, e que até hoje preserva característica germânica.
Entre as festividades mais concorridas da localidade está a da Venerada Santa Cruz, que acontece nos três primeiros dias de maio e conta com barraquinhas de comidas típicas, bebidas, bingos e danças. No dia 13 de setembro, a festa é em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, cujo dinheiro arrecadado serviu para a construção do Açude da Venerada, próximo à Vila.
História
No ano de 1829, durante uma peregrinação pelo sertão, dois frades capuchinhos tiveram que interromper a viagem devido a uma febre que acometeu um deles, permanecendo no local por cerca de um mês. Abrigaram-se sob o pé de um juazeiro.
Diversas famílias iam até eles buscando assistência espiritual e celebração dos sacramentos e missas. Despediram-se da região deixando uma grande cruz de madeira no local onde se abrigavam. Esta cruz foi encontrada pelos vaqueiros do fazendeiro José Correia, senhor de muitas terras e escravos, que morava na região.
Ele pediu que trouxessem a cruz à fazenda, colocando-a na capela. A cruz passou a ser objeto de veneração da população local, que visitava a capela em busca de proteção divina. Ao seu redor começou a surgir a povoação.
Aos poucos surgiu a festa da Venerada Santa Cruz, que ocorre de 1 a 3 de maio, que além dos rituais religiosos também conta com barraquinhas de comidas típicas e bebidas, bingos, danças, etc. O distrito de Santa Cruz, subordinado ao município de Ouricuri, foi criado em 23 de janeiro de 1915. Foi elevado à categoria de município em 10 de janeiro de 1991, e instalado em 1993.
Geografia
A cidade está situada a 515 metros do nível do mar, nos domínios das bacias hidrográficas dos rios das Garças e da Brígida. Seus principais tributários são os riachos do Angico, Munduri, do Mocó, São José, das Cacimbas, Caldeirão, do Caboclo, do Juá, das Balanças, Alegre, do Gentio, da Volta, das Piranhas, da Baixa, da Baixa Grande, da Onça, da Taboa, São Domingos e das Garças.
Os principais corpos de acumulação são as lagoas do José e do Camarada. Todos os cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
O município está inserido na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja, que representa a paisagem típica do semi-árido nordestino, caracterizada por uma superfície de pediplanação bastante monótona, relevo predominantemente suave-ondulado, cortada por vales estreitos, com vertentes dissecadas. Elevações residuais, cristas e/ou outeiros pontuam a linha do horizonte. Esses relevos isolados testemunham os ciclos intensos de erosão que atingiram grande parte do sertão nordestino.
A vegetação é basicamente composta por Caatinga Hiperxerófila com trechos de Floresta Caducifólia. O clima é do tipo Tropical Semiárido, com chuvas de verão. O período chuvoso se inicia em novembro com término em abril. A temperatura média anual é 25,0 °C. A precipitação média anual é de 431,8 mm.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Santa Cruz e Wikipédia.