Conheça mais sobre Palmares

Palmares é um município do estado de Pernambuco conhecido como ?Capital da Mata Sul?. Seu nome é também uma homenagem ao Quilombo dos Palmares, que se instalou em suas redondezas e resistiu durante muito tempo sob o comando de Zumbi.

A cidade se localiza a cerca de 122 quilômetros de distância da capital do estado, Recife, e sua população foi estimada em 63.500 habitantes, conforme dados do IBGE de 2020. Palmares é o 26º município mais populoso de Pernambuco e o 46º mais rico (PIB).

Educação

Conforme o último levantamento publicado pelo IBGE (2019), o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município registrou 5,1 para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental (colocação em 83º no Estado) e 4,2 para os Anos Finais do Ensino Fundamental (122º no Estado), ambos os indicadores da rede pública. O Ideb é utilizado para medir a qualidade do aprendizado e estabelecer metas para melhoria do ensino, avaliando o fluxo escolar e as médias de desempenho. Ainda segundo o IBGE, em 2020, Palmares dispunha de 64 escolas para o ensino fundamental e 13 para o ensino médio.

Saúde

O IBGE informou que a taxa de Mortalidade Infantil média (2019) na cidade é de 8,38 para 1.000 nascidos vivos (colocação em 136º no Estado e 3467º no país) e as Internações por Diarreias (2016) são de 0,7 para cada 1.000 habitantes (63º no Estado e 2889º no país). De acordo com o Wikipédia, o município conta atualmente com 29 unidades de saúde públicas.

Economia

O PIB per capita de Palmares atingiu o valor de R$ 13.471,21 em 2019, segundo dados do IBGE. A atividade econômica predominante em Palmares é a agroindústria açucareira, mas também se destacam na agricultura a produção de batata doce, mandioca, inhame, banana, laranja e abacaxi. 

No município também existe uma grande variedade de indústrias que estão em transformação. O comércio é um setor que está em expansão com estabelecimentos de pequeno, médio e grande porte, destacando-se supermercados, frigoríficos, atacados de alimentos, lojas de materiais de construção, farmácia, autopeças, calçados e confecções, além da Usina Nortesul (antiga Treze de Maio).

História

A região foi habitada primitivamente pelos índios potiguares e caetés. Com a formação do Quilombo dos Palmares no interior do Estado (na época, as terras do atual estado de Alagoas pertenciam à Capital de Pernambuco), dirigido por Zumbi, ganhou fama e o nome que tem hoje. 

Desde os seus primórdios, a região era conhecida como os palmares, por causa da predominância de sua densa e espessa vegetação, num intrincado de mata fechada que ocupava um território de 260 quilômetros de extensão por 132 quilômetros de largura, em faixa paralela à costa, onde se distribuíam cerca de 50 mil habitantes, cuja faixa territorial situava-se entre o Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e a parte norte do curso inferior do rio São Francisco, área situada onde hoje se encontra o estado de Alagoas.

De 1848 a 1873 Palmares foi denominado de Povoado dos Montes, porque as terras originalmente pertenciam à família Montes, que as recebera por sesmaria para explorar a atividade açucareira, vindo a construir uma capela, que anos mais tarde daria origem à catedral de Nossa Senhora da Conceição, padroeira local. 

Logo em seguida, a propriedade passou a ser conhecida por Trombeta, devido à lenda de que um soldado teria perdido a corneta durante a passagem da tropa a cavalo pela localidade. Anos depois recebeu a denominação de Povoado do Una, em homenagem ao rio que banha a localidade e, finalmente Município dos Palmares, triunfando assim a denominação dos negros, por força da abundância de palmeiras na região, a exemplo do babaçu, carnaúba, pindoba, ouricuri e dendê.

  • Em 13 de maio de 1862 foi criada a Comarca dos Palmares por força da Lei Provincial nº 1030;
  • Em 1868 Palmares foi levado à categoria de Distrito por força da Lei Provincial nº 844, de 28 de setembro;
  • Em 1873, por força da Lei Provincial n° 1083, de 24 de maio, foi criado o Município autônomo que tomou o nome de Município dos Palmares;
  • Em 9 de junho de 1879, Palmares emancipou-se do Município da Água Preta, por força da Lei Provincial n° 1458, adquirindo portanto foros de cidade autônoma.

Origem do nome

Palmares é uma das divisões geobotânicas do Nordeste do Brasil. Altos, densos, geralmente puros e de uma só espécie de palmeiras de natureza xerófila ou higrófila. Outros existem com mistura de três ou quatro espécies de árvores de porte alto. Dentre as palmeiras que vegetam nessa região, sobrelevam-se a carnaúba (Copernica cerifica), a buriti (Mauritia vinifera), a buritana (Mauritia axulenta), a bacaba (Denocarpus distichus) e o babaçu (Orbignia martiana), etc. Tais zonas se desenvolvem na Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.

Geografia

O território municipal, segundo o IBGE, é de 339,291 km², estando a cerca de 122 quilômetros até a capital pernambucana. Os municípios limítrofes são Bonito, ao norte; Joaquim Nabuco, ao leste; Xexéu, ao sul; Água Preta, a sudeste; e Catende, a oeste. Palmares faz parte da microrregião homogênea denominada Mata Meridional Pernambucana, contida totalmente na Bacia do Rio Una.

Cultura, Turismo e Lazer

Inicialmente como "Atenas Pernambucana" e depois como "Terra dos Poetas", o município ganhou fama no cenário estadual, graças à qualidade com que os seus filhos tornaram-se ilustres e renomados ao longo da história, com isso ajudando a projetar a sua terra, através da história, cultura e tradição, destacando-se em áreas da maior importância cultural como a literatura, teatro, jornalismo, aviação, música, pintura, religião, política, artes plásticas, etc.

Além da carga histórica da cidade, há também um lado mais bucólico e rural, como os atrativos naturais que oferecem e proporcionam momentos de descontração, aventura e lazer aos visitantes. O município é cercado por muitas águas, sendo ideal para quem deseja pescar, relaxar e tomar banhos de cachoeiras, bicas e corredeiras. Ideal para quem também gosta de praticar rapel, cannyoung ou caminhadas ecológicas. 

Outras opções são as cachoeiras do Caritó, Véu de Noiva, do Mágico e do Engenho Serra Azul velho, localizadas entre densos bambuzais e bananeiras, mas com estradas em boas condições. O Véu de Noiva possui três quedas d'água, sendo a mais alta com 5 metros. A Corredeira do Oratório é formada pelas águas do rio Una. Contam os moradores que este nome foi assim "batizado" pelos antigos, porque os senhores de engenhos ou "coronéis" daquele tempo mandavam os jagunços matar seus inimigos às margens, dando-lhes permissão para uma última oração.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Palmares e Wikipédia.