Conheça mais sobre Frei Miguelinho

Frei Miguelinho é um município do Agreste de Pernambuco, distante cerca de 114 km da capital pernambucana. A cidade, conhecida nacionalmente como "a cidade dos garçons" ou "capital dos garçons", possui uma área de aproximadamente 213 km² e conta com uma população de 15.633 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. O censo de 2010 apontou que a cidade possuía 14.293 habitantes, sendo a 130ª mais populosa de Pernambuco, com cerca de 18% da população residindo na zona urbana e 82% na zona rural da cidade, segundo a base de dados do Estado de Pernambuco naquele ano.

O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,576, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-2019), ocupando o 122º lugar no ranking estadual, segundo dados do IBGE de 2010.

A cidade está limitada ao norte com os municípios de Sta. Maria do Cambucá, ao sul com Caruaru e Riacho das Almas, a leste com Surubim e a oeste com Vertentes.

Educação

Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 2.587 alunos matriculados, sendo 458 no ensino infantil, 1.606 no ensino fundamental e 523 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 95,4% e em 2020 a cidade contava com 16 escolas de ensino fundamental e duas de ensino médio. A sua nota do IDEB em 2019 foi de 4,3 para os anos iniciais e de 4,4 para os anos finais, ocupando as 160ª e 97ª colocações no Estado, respectivamente. 

O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.

Saúde 

Dados de 2020 do IBGE apontam que a cidade possuía uma taxa de mortalidade infantil de 18,02 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 33ª posição no Estado e uma taxa de internações por diarreias em 2016 de 0,3 por mil habitantes. Em 2010, cerca de 13,9% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com 12 estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.

Economia

Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 8.207,62 por habitante, o 143ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 31.288.020,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 29.635.710,00. 

A cidade tem como principais atividades econômicas a agropecuária, o setor de serviços e social. O êxodo é bastante alto, levando principalmente às Grandes cidades Recife e São Paulo.

História

Em 1777, o fazendeiro Tomé José de Moura, residente em Dois Riachos, no município de Riacho das Almas, procurando reses desaparecidas, foi informado pelo escravo Mateus de que elas se encontravam ao norte de suas terras, onde havia vários animais ferozes. Seguindo o informante, o fazendeiro as achou no lugar indicado, nas proximidades de uma fonte natural de água. Impressionado com o local, Tomé José resolveu fixar residência no local, denominando-o de Olho d?água da Onça, primeiro nome do município.

Com o aumento da população, em 1883, já era considerado povoado. Somente na década de 20 chegou a distrito, com a mesma denominação. 

Distrito do município de Vertentes, recebeu sua atual denominação em 1928, como homenagem ao herói-mártir da Revolução Pernambucana de 1817, Miguel Joaquim de Almeida Castro (morador da localidade por breve período).

Sua emancipação ocorreu em 20 de dezembro de 1963, desmembrando-o de Vertentes.

Geografia

Está localizado na latitude 7° 56' 24" Sul e a uma longitude 35° 54' 43" Oeste, e situado a 370 metros do nível do mar.

A cidade está situada nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Capibaribe. Seus principais tributários são o Rio Capibaribe e os riachos Salgado, Direito, do Tanque Doce, do Manso, Salitre, Doco e Topada. Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m3. Todos os cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

O município está inserido no Agreste do estado de Pernambuco, mais particularmente na microrregião do Alto Capibaribe. O relevo possui duas características distintas: a norte, está inserido nas Áreas Desgastadas da Província Borborema, unidade formada por maciços altos e outeiros, com altitudes variando de 650 a 1.000 m, ou seja, superfícies onduladas com relevos residuais altos. O relevo é geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos. Os solos são pouco profundos e de fertilidade variando entre média e alta. Nas suas porções centro e Sul, está inserido na região dos Maciços e Serras Baixas, com relevos medianamente altos, com grandes dissecamentos. Este tipo de relevo favorece bastante a implantação de pequenas barragens.

O clima é do tipo Bsh, árido ou semi-árido, muito quente, com chuvas no outono e inverno. O período normal de chuva inicia-se em fevereiro/março e pode estender-se até agosto. Dados históricos de precipitação revelam uma média anual de 644,80 mm, com um máximo de 1.1430 mm e um mínimo de 275,20 mm.

As temperaturas variam, acompanhando a época das precipitações pluviométricas. A média anual fica em torno de 25°C. O período compreendido entre maio e agosto é caracterizado por noites frias, com temperaturas em torno de 18°C, podendo descer um pouco mais.

O município, assim como a maior parte da região no seu entorno, apresenta vegetação predominante do tipo caatinga hipoxerófila.

Turismo

Frei Miguelinho é nacionalmente conhecida como "a cidade dos garçons" ou "capital dos garçons". Ganhou esse apelido devido ao fato de ser a maior fonte de garçons para a Região Metropolitana do Recife. Ao todo, somam-se cerca de 400 profissionais no ramo, espalhados pelos restaurantes da capital pernambucana e de centros maiores como as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Para comemorar o título, todo ano é realizada a Festa do Garçom, com churrasco em praça pública e muita música. Além dessa, também é bastante conhecida a festa de seu padroeiro, São José, que ocorre todo ano no mês de março.

Quem visita Frei Miguelinho encontra logo na entrada da cidade, o Olho D?água da Onça, monumento que faz referência à origem do antigo nome do município. É uma fonte construída entre pedras e a escultura de uma onça. Em volta é possível observar várias plantas nativas da região.

Dois outros pontos de destaque são a Barragem Jucazinho, que atrai turistas para banhos e passeios de lancha; e a Bica, com uma fonte de água natural.

No artesanato, o município possui trabalhos com retalhos de pano, como o fuxico. Na cidade existe um grupo de convivência de idosos e uma escola de arte engajados no desenvolvimento dessa técnica artesanal. Além do fuxico, podemos encontrar o crochê, o tricô e pinturas em tecidos.

 

Fontes: IBGE, Prefeitura de Frei Miguelinho e Wikipédia.