Educação
Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 3.800 alunos matriculados, sendo 578 no ensino infantil, 2.536 no ensino fundamental e 686 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 98,7% e em 2020 a cidade contava com 13 escolas de ensino fundamental e três de ensino médio. A sua nota do IDEB em 2019 foi de 5,1 para os anos iniciais e de 4,8 para os anos finais, ocupando as 83ª e 45ª colocações no Estado, respectivamente.
O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.
Saúde
Dados de 2020 do IBGE apontam que a cidade possuía uma taxa de mortalidade infantil de 27,67 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 5ª posição no Estado e uma taxa de internações por diarreias em 2016 de 0,5 por mil habitantes. Em 2010, apenas cerca de 24,2% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com nove estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.
Economia
Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 8.663,84 por habitante, o 124ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 48.071.210,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 46.130.640,00.
O município é conhecido por sua produção leiteira, sendo um dos maiores produtores de leite do Estado e o maior da região do São Francisco pernambucano. Os derivados de leite são produzidos na região como: queijos, doces e iogurtes também como as famosas petas (biscoito de polvilho).
História
Por volta de 1918, existia no local uma fazenda denominada Inveja, de propriedade de Francisco Rodrigues da Silva, depois comprada por Sebastião Coelho.
A população teve início neste local a partir da construção da Estrada de Ferro Petrolina-Teresina, sendo ali inaugurada a Estação Inveja em 31 de outubro de 1926. Em 31 de junho de 1927 a denominação do pequeno povoado foi mudada para São João, por Frei Fortunato, na ocasião em que celebrava ali a primeira missa e lançava a pedra fundamental da construção da igreja de São João Batista, que se tornou padroeiro da localidade.
Em 1932, o povoado de São João passou à categoria de vila e logo depois a distrito de Petrolina, sendo comumente chamado de São João de Afrânio, em referência ao engenheiro da estrada de ferro, o Ministro da Viação e Obras Públicas, Afrânio de Melo Franco, pai do jurista Afonso Arinos de Melo Franco.
Pelo decreto Lei Estadual nº 235 de 9 de dezembro de 1932, o distrito de Afrânio adquiriu parte do território de Cachoeira do Roberto, também integrante do município de Petrolina. Finalmente, em 20 de dezembro de 1963, Afrânio foi elevado à categoria de município autônomo desmembrando-se de Petrolina, cuja instalação aconteceu em 31 de maio de 1964.
Geografia
Está localizado na latitude 8° 30' 54" Sul e a uma longitude 41° 0' 18" Oeste, e situado a 522 metros do nível do mar.
A cidade está situada na área de domínio da Bacia Hidrográfica do Rio do Pontal. Seus principais tributários são os riachos: do Barreiro, do Caboclo, Cachoeirinha, Cachoeira do Roberto, Baixa do Morro, Barra da Cabeceira, Satisfeito, da Melancia e Amarante. Os principais corpos de acumulação são: a Lagoa do Mato e os açudes: Pau Branco (3.000.000m3), Barra da Melancia (1.374.000m3), Extrema (1.272.472m3) e o Caveira (779.780m3). Todos os cursos d?água no município têm regime intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
O município está inserido na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja, que representa a paisagem típica do semi-árido nordestino, caracterizada por uma superfície de pediplanação bastante monótona, relevo predominantemente suave-ondulado, cortada por vales estreitos, com vertentes dissecadas. Elevações residuais, cristas e/ou outeiros pontuam a linha do horizonte. Esses relevos isolados testemunham os ciclos intensos de erosão que atingiram grande parte do sertão nordestino.
A vegetação é basicamente composta por Caatinga Hiperxerófila com trechos de Floresta Caducifólia.
O clima é do tipo Tropical Semiárido, com chuvas de verão. O período chuvoso se inicia em novembro com término em abril. A precipitação média anual é de 431,8 mm.
Turismo
O local de maior visitação é o distrito de Caboclo. A localidade, com origem nos anos de 1700, tem como um dos principais atrativos a igreja bicentenária que serviu de cenário para a minissérie Memorial de Maria Moura.
Outro ponto de destaque é o Museu do Pai Chico (José Francisco de Albuquerque Cavalcanti foi o quinto prefeito de Petrolina e patriarca de várias famílias). O museu reúne centenas de objetos que marcaram períodos importantes do lugar, com destaque para o mobiliário, fotografias e utensílios.
O ponto alto são as casinhas coloridas dos moradores - a maioria, com as mesmas raízes familiares - e as imensas e centenárias tamarineiras (a mais velha delas com cerca de 150 anos) no largo principal.
O visitante pode também subir até o mirante, por uma trilha de encosta com duração de 30 minutos a partir do centro do povoado. É possível desfrutar de uma linda vista de toda a região, inclusive, da chapada que está situada do outro lado da fronteira, no Piauí. Há outras trilhas possíveis. Uma delas leva até duas lagoas de águas magnesianas rodeadas de rochas muito belas.
Uma das festas mais populares de Caboclo é a Festa do Tamarindo, realizada anualmente. A religiosidade e as crendices populares também merecem a atenção dos visitantes. Figuras respeitadas e típicas do Sertão, as tradicionais rezadeiras guardam um curioso e rico conhecimento sertanejo.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Afrânio e Wikipédia.