Conheça mais sobre Itapetim

Itapetim é um município pernambucano conhecido como Ventre Imortal da Poesia. A cidade está a cerca de 387 quilômetros de distância de Recife, capital do estado, e sua população foi estimada em 13.492 habitantes, conforme dados do IBGE de 2021. 

Itapetim é o 134º em população de Pernambuco e o 133º em riqueza (PIB), também de acordo com o IBGE. Seus distritos são Itapetim sede, São Vicente e Piedade.

Educação

De acordo com o site oficial da Prefeitura, a Secretaria de Educação tem a competência de  organizar e acompanhar o controle de avaliação de ações municipais no campo da educação; desenvolver atividades de capacitação e incentivo ao conhecimento para professores e outros funcionários; garantir o acesso do ensino e educação à crianças, jovens e adultos; planejar e executar ações de aperfeiçoamento ao ensino e aprendizagem;  assegurar a boa alimentação e o acesso da merenda escolar para os alunos da rede municipal de ensino; acompanhar e cumprir as atualizações relacionadas a legislação e o plano de educação

Conforme o último levantamento publicado pelo IBGE (2019), o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município registrou 6,5 para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental (colocação em 7º no Estado e 1137º no país) e 5,1 para os Anos Finais do Ensino Fundamental (25º no Estado e 1315º no país), ambos os indicadores da rede pública. O Ideb é utilizado para medir a qualidade do aprendizado e estabelecer metas para melhoria do ensino, avaliando o fluxo escolar e as médias de desempenho. Ainda segundo o IBGE, em 2020, Itapetim dispunha de 13 escolas para o ensino fundamental e uma para o ensino médio.

Saúde

A Prefeitura do município estabeleceu que cabe à Secretaria de Saúde: Garantir o acesso dos serviços de atendimento aos usuários do SUS; planejar e executar o desenvolvimento de projetos e programas de Saúde; fiscalizar o controle de condições sanitárias, higiênicas e de medicamentos; promover campanhas educativas de proteção a população, no que se refere a epidemias e outras doenças; desenvolver estudos, avaliações e o devido controle sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.   

O IBGE informou que a taxa de Mortalidade Infantil média (2020) na cidade é de 5,56 para 1.000 nascidos vivos (colocação em 153º no Estado e 3708º no país) e as Internações por Diarreias (2016) são de 0,1 para cada 1.000 habitantes (178º no Estado e 4734º no país). De acordo com o Wikipédia, o município conta atualmente com seis unidades de saúde públicas (2009).

Economia

O PIB per capita de Itapetim atingiu o valor de R$ 8.349,62 em 2019, segundo o IBGE. As atividades econômicas predominantes são comércio varejista e agropecuária de subsistência. 

História

Nos primórdios do século XVIII, a região foi habitada por uma tribo indígena denominada Babicos. Ancestralmente, Itapetim recebeu o nome de Umburanas devido à imensa quantidade de árvores nativas com essa nomeação (Bursera leptophloeos).

Discorrer sobre a origem histórica desse centro urbanístico é rememorar seus fundadores: tropeiros, almocreves, que transportavam bens tangíveis, principalmente gêneros alimentícios, vindos da localidade de Lagoa de Baixo, atual Sertânia e Flores, em Pernambuco, para Princesa Isabel e São José de Espinharas, na Paraíba.

Homens tangedores de azêmolas, em comboio, conduziam suas tropas fazendo tal percurso, numa viagem expandida, que levava de seis a oito dias ao destino almejado. No transcorrer, realizavam paradas em pontos diversos para seus descansos - e das alimárias. As umburanas, frondosas e de generosa sombra, serviam como lenitivos aos tais recoveiros e estavam sempre à ribeira do Pajeú. Ao lado esquerdo do rio, no Sítio Rio Limpo (hoje propriedade dos familiares do saudoso João Amaro Cordeiro), ficavam tais árvores de madeira nobre. Os dias foram passando e os mercadores aumentaram em quantidade, tornando-se rotina acamparem por ali para o sistema de trocas de mercadoria.   

Em virtude do aumento do trânsito e dos contínuos encontros em tal paragem, surgiu um comércio mais pujante: tecidos, louças, jóias, calçados, dentre outros artigos vários, fincaram pé - e assim nasceu a feira das Umburanas, por volta de 1878.   

Na segunda metade do século, deu-se a povoação com a chegada de dois portugueses: Pedro Mendes de Barros e Inácio Cunha, que se interessaram por estas plagas, fixando-se para desenvolver culturas de milho, feijão, mandioca, batata-doce, bem como criação de rebanho bovino, caprino e aves domésticas adaptadas às nossas condições meteorológicas.    

Com o passar dos anos, Amâncio Pereira, um dos primeiros moradores do lugarejo, vendo o crescimento da população umburanense e sendo um homem prático, de ideias progressistas, teve a iniciativa de construir uma casa comercial (a primeira, de alvenaria, erigida ao lado do Rio Pajeú, ainda existe).    

Amâncio Pereira José, José Antônio e Virgulino Soares, considerados os fundadores na nascente vila, construíram as primeiras habitações e, lá, moraram seus familiares. Religioso ao extremo, incitou às pessoas já climatizadas na terra a conceber uma capelinha, que ficava defronte à casa de Amâncio, onde hoje está o "Dance Music Casarão". Esse pequeno templo permaneceu funcionando até o ano de 1914, quando o padre José Guerel, da paróquia de São José do Egito, arquitetou a Igreja Matriz de São Pedro das Lages, concluída muito depois pelo cônego João Leite Gonçalves, o primeiro vigário.   

Padre João fixou-se aqui em 1928, tornando-se um dos grandes vultos da história da cidade. Foi um veemente chefe político, sempre ligado às forças políticas da direita e grande batalhador pela emancipação.    

Voltando à figura do padre Guerel. Conta-se que, por problemas sociais envolvendo seu país de origem, a França e, também, forçado pela Primeira Guerra Mundial, ele imigrou para o Brasil. Aqui chegando, abancou-se na cidade de São José do Egito. Trazia consigo dois objetivos básicos: sair ileso de sua nação e edificar uma igreja em louvor a São Pedro,assim como explorar e cultivar a agricultura local. Fazia celebrações periódicas de missas nos arredores. E encontrou o terreno ideal para o seu sonho: Umburanas. O religioso citado morreu de forma trágica a 9 de dezembro de 1915, quando uma barreira de açude que estruturava despencou sobre seu corpo enquanto ele cochilava, sob tal barranco, num pós-almoço.   

Em relação ao padre João Leite Gonçalves,figura ultra carismática, ele nasceu no dia 7 de julho de 1903 no Pajeú. Filho de Cláudio Leite de Andrade e Josefa Gonçalves de Andrade. Ao cursar o primário, descobriu sua vocação para o sacerdócio, demonstrando aos seus familiares o desejo de estudar Teologia. Entrou para o Seminário de Pesqueira, concluindo o ginásio e o clássico. Em seguida, ingressou no no Seminário de Olinda, onde finalmente cursou filosofia e teologia - fato que culminou com sua ordenação presbiteral realizada por dom José Antônio de Oliveira Lopes, no dia 2 de abril de 1927. Já como padre, iniciou seus trabalhos religiosos na cidade de Buíque, em Pernambuco e, em seguida, em Pedra de Buíque. Mediante as labutas exemplares,foi convocado pelo Bispo da Diocese de Pesqueira para ser seu secretário. Finalmente, realiza sua paixão de servir a seu povo na terra natal. Nomeado vigário da Paróquia de São Pedro das Umburanas no dia 4 de janeiro de 1928, assumiu-a,em definitivo,no dia 9 do mesmo mês.

Ele preencheu uma grande pauta de atividades prestadas ao povo da cidade. Mais que religioso, foi um político. Doou 42 anos de vida a Itapetim, falecendo a 1 de dezembro de 1969. 

Voltando às priscas eras itapetinenses. A celebração da primeira missa aqui foi conduzida pelo padre Manoel Gomes,da paróquia de São José da Ingazeira, hoje São José do Egito, juntamente com frei Ibiapina, da Ordem dos Franciscanos. Eles foram hospedados na casa de três vitalinas, que exibiram aos religiosos uma imagem de São Pedro encontrada numa gruta de pedra alteada pelos portugueses pioneiros. Em homenagem, Ibiapina batizou a Capela de São Pedro, que, mais tarde, seria o padroeiro da urbe.

Denominações

O primeiro nome de Itapetim foi Umburanas, pelo fator já descrito. Quarenta e três anos depois do início do povoamento, chamou-se São Pedro das Lages, pelo Decreto 92 de 31 de março de 1928. Passada uma década, pela Lei 235 de 9 de dezembro de 1938, já na categoria de Vila, nomear-se-ia Itapetininga, permanecendo apenas a paróquia com o nome primevo. Em 31 de dezembro de 1943, pelo Decreto-Lei 952, foi novamente alterado o nome devido a uma cidade homônima do interior de São Paulo. A partir desta data, o município passou definitivamente ao nome atual, pela Lei 1.818 de 29 de dezembro de 1953, Itapetim torna-se município, ficando desmembrado de São José. Na época,o governador de Pernambuco era o Dr. Etelvino Lins de Albuquerque e o projeto foi apresentado à Assembleia Legislativa pelo então deputado Manoel Santa Cruz Valadares e impulsionado pelo seu companheiro Walfredo Paulino de Siqueira, ambos de São José do Egito. Vale salientar que Valadares foi o primeiro juiz da Comarca de Itapetim.    

Em 1º de junho de 1954, em sessão presidida pelo padre João Leite no Grupo Escolar Dom José Lopes, onde funcionou provisoriamente a Prefeitura Municipal, foi inaugurada a instalação do município com a posse do primeiro prefeito nomeado, Francisco José de Maria (Chico Santos).

Geografia

O território municipal, segundo o IBGE, é de 404.850 km², estando a cerca de 387 quilômetros de Recife, cujo acesso é feito pela PE-263.  Os municípios limítrofes são: estado da Paraíba, ao norte; São José do Egito, ao sul; estado da Paraíba, a leste; e Brejinho, a oeste.

O município está localizado onde nasce o Rio Pajeú, afluente do Rio São Francisco.

Cultura, Turismo e Lazer

Poetas de destaque:

  • Rogaciano Leite;
  • Jó Patriota de Lima;
  • Antônio Piancó Sobrinho;
  • Lourival  Batista Patriota.

Eventos:

  • São João (Junho)
  • São Pedro (Julho)
  • Emancipação Política (dezembro).

Fontes: IBGE, Prefeitura de Itapetim e Wikipédia.