Conheça mais sobre Inajá

Inajá é um município do Sertão de Pernambuco, distante cerca de 396 km da capital pernambucana. A cidade, conhecida como a "Capital Nacional da Melancia", possui uma área de aproximadamente 1.182 km² e conta com uma população de 24.034 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. O censo de 2010 apontou que a cidade possuía 19.081 habitantes, sendo a 105ª mais populosa de Pernambuco, com cerca de 42% da população residindo na zona urbana e 58% na zona rural da cidade, segundo a base de dados do Estado de Pernambuco naquele ano.

O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,523, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-2019), ocupando o 180º lugar no ranking estadual, segundo dados do IBGE de 2010.

A cidade está limitada ao norte com o município de Ibimirim, ao sul com Mata Grande (Alagoas), a oeste com Tacaratu e Floresta e a leste com Manari.

Educação

Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 5.325 alunos matriculados, sendo 816 no ensino infantil, 3.668 no ensino fundamental e 851 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 84,2% e em 2020 a cidade contava com 30 escolas de ensino fundamental e quatro de ensino médio. A sua nota do IDEB em 2019 foi de 5,0 para os anos iniciais e de 4,0 para os anos finais, ocupando a 100ª e 146ª colocações no Estado, respectivamente. 

O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.

Saúde

Dados do IBGE em 2020, apontaram que a taxa de mortalidade infantil da cidade foi de 5,54 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 154ª colocação no Estado, enquanto a taxa de internações por diarreias em 2016 foi de 5 por mil habitantes. Em 2010, cerca de 23% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com seis estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.

Economia

Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 7.549,11 por habitante, o 164ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 41.707.260,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 42.189.480,00. 

A economia do município está concentrada na pecuária extensiva, na integração entre pecuária e agricultura, na agricultura irrigada e na agricultura de subsistência.

As principais atividades pecuárias são suinocultura, caprinocultura, ovinocultura e bovinocultura de corte. 

Nas atividades agrícolas, registram-se as de cultivo comercial e de subsistência. As comerciais são: banana, goiaba, melancia, maracujá e acerola; enquanto que as de subsistência são: feijão, milho, mandioca, batata doce, fava e outras. Atualmente, o governo estadual vem fazendo fortes investimentos na produção de melão de exportação. 

A indústria é de pequeno porte mantendo apenas uma fábrica de refrigerantes.

História

Os primeiros habitantes da região foram os índios pankararus e os índios cariris, que hoje estão localizados ao noroeste do município. O nome Inajá é de origem indígena que quer dizer Palmeira Pequena, em homenagem às carnaubeiras existentes nas margens do Rio Moxotó. 

A ocupação surgiu a partir de uma propriedade pertencente a Gerônimo Bezerra de Carvalho e sua esposa Tereza de Jesus Maria, que foram os primeiros povoadores. Seu primeiro nome foi Fazenda Espírito Santo. O desenvolvimento deu-se através de agricultores e criadores, que se estabeleceram à beira do Moxotó. A ocupação começou a evoluir gradativamente, até tornar-se povoado e ser elevado à categoria de Vila Espírito Santo, em 1897, que pertencia ao município de Tacaratu. A Vila de Moxotó foi criada em 1909. Em 1928, foi desmembrado de Tacaratu, passando a pertencer ao Município de Moxotó. Em 31 de dezembro de 1943, o distrito de Espírito Santo passou a denominar-se Inajá, mas somente no dia 2 de janeiro de 1949, foi elevado à categoria de cidade.

Geografia

Está localizado na latitude 8° 54' 06" Sul e a uma longitude 37° 49' 26" Oeste, e situado a 355 metros do nível do mar. 

A cidade está situada nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Moxotó. Seus principais tributários são o Rio Moxotó, e os riachos: Juazeiro, da Alexandra, dos Nazaros, Segredo, Garapão, Saco Grande, da Vara, Vermelho, Manari, do Umbuzeiro, Coité e do Parafuso. O principal corpo de acumulação é a Lagoa Poço Verde. Todos os cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

O município está localizado no Polígono das Secas, no domínio da Bacia do rio São Francisco. O relevo do município de Inajá apresenta-se suave-ondulado, com altitudes em torno de 350-600 metros. 

Apresenta um clima semi-árido quente ? Bsh, com alternância de duas estações: a chuvosa; denominada de inverno, pelos nativos, e a de verão ou seca. 

A precipitação pluviométrica média anual é de 392,9 milímetros, na sede do município. Estas chuvas são caracterizadas por fortes chuvas de verão, concentradas, às vezes, num pequeno período de novembro a abril, a partir daí tem-se o verão, que se estende até setembro. O período mais frio vai de maio a agosto. Os meses mais quentes são outubro e novembro.

A vegetação do município é característica da caatinga hiperxerófila e hipoxerófila.

Turismo

Um dos pontos que merece visitação na cidade é o Cruzeiro de Inajá, localizado em uma encosta no alto de uma serra, mirante natural, de onde se avista o núcleo do município e um belo e sinuoso trecho do rio Moxotó. A cruz principal, objeto maior da romaria na Semana Santa, está assentada sobre uma base construída em alvenaria. 

Outro local para visitação é o Casario da praça Maria dos Prazeres. Além da igreja de Santo Antônio, a praça tem em seu entorno um casario predominantemente geminado, dentre eles uma casa térrea, em calçada alta, que tem portas e janelas com cercaduras e uma platibanda com adornos. E mais dois sobrados localizados em esquinas. 

O Rio Moxotó é uma das principais belezas da região, formado por um trecho sinuoso com presença de vegetação no leito, predominantemente algaroba e palmáceas. O entorno do rio, neste trecho, é marcado por uma estrutura sedimentar que faz parte da formação geológica jatobá. É utilizado pela população para banhos. Sendo um rio temporário, correndo apenas num curto período em que caem as chuvas de verão, o rio Moxotó possui leitos largos e arenosos, onde se formam pequenas ilhotas.

Grupo indígena Tuxá

O turista também se encanta ao conhecer a aldeia indígena Tuxá, situada  à  margem direita  do rio Moxotó. Ela é composta por famílias transferidas de terras em Itacaratu, submersas pelo lago da hidrelétrica de Itaparica.

Uma das principais festividades é a Festa de Santo Antônio, padroeiro do município, comemorada em  junho, finalizada com a famosa Missa do Vaqueiro.

 

Fontes: IBGE, Prefeitura de Inajá e Wikipédia.