Educação
Em 2018, existiam 12.030 alunos matriculados no município, sendo 1.613 no pré-escolar, 8.597 no ensino fundamental e 1.820 no ensino médio. No mesmo ano, a taxa de escolarização era de 96,7% e a cidade contava com 43 escolas de ensino fundamental e seis de ensino médio. A sua avaliação do IDEB em 2019 foi de 4,8 nos anos iniciais e de 4,3 nos anos finais, ocupando respectivamente as colocações 121ª e 111ª no estado.
O município conta com duas instituições de ensino superior que oferecem cursos à distância: a Faculdade Estácio de Sá e a Unicesumar.
Saúde
Dados de 2020 do IBGE apontam que a cidade possuía uma taxa de mortalidade infantil de 6,94 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 140ª posição no Estado, enquanto que a taxa de internações por diarreias em 2016 foi de 0,2 por mil habitantes. Em 2010, apenas cerca de 31,5% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com 21 estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.
Economia
Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 15.434,67 por habitante, sendo o 30º maior do Estado. Já as receitas realizadas no período foram de R$ 99.429.960,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 90.579.720,00.
A economia do município baseia-se na monocultura de cana-de-açúcar para produção de açúcar e etanol, na fabricação de artigos cerâmicos para a construção civil, no turismo com o Pólo de Romaria São Severino dos Ramos e nas granjas de ovos, espalhadas pelas zonas rurais.
Turismo
Paudalho é um grande centro de romaria do Nordeste, cujo acesso é facilitado por situar-se à margem da rodovia BR-408, que liga o município à capital pernambucana. Os romeiros vêm entre setembro e janeiro ao Engenho Ramos, onde está a capela de Nossa Senhora da Luz, cumprir promessas a São Severino dos Ramos. Anexa à capela está a sala dos ex-votos, onde os fiéis depositam peças diversas, em agradecimento às graças alcançadas.
Outro ponto de interesse são as ruínas do Mosteiro de São Francisco, onde vários religiosos se refugiaram durante a ocupação holandesa em Pernambuco. Diversos prédios de interesse histórico são abertos à visitação, como: antigos engenhos; a Ponte de Itaíba, do século XIX, inaugurada pelo Imperador Dom Pedro II; o Bosque de Pau-Brasil; a fábrica de beneficiamento do sal, instalada em prédio do século XVIII; a estação ferroviária, datada de 1891; os antigos casarões do início do século XIX, com detalhes ou fachada em azulejos portugueses; a casa de farinha do Engenho Açougue Velho; e o açude Zumbi.
A festa de São Sebastião é a mais movimentada festa popular religiosa do local, porém o padroeiro da cidade é o Divino Espírito Santo, com sua matriz localizada próxima à Prefeitura Municipal. Durante o Carnaval, a cidade conta com grupos de maracatu rural, bumba-meu-boi, urso e caboclinhos.
História
O município surgiu a partir de um aldeamento indígena fundado pelos franciscanos no final do século XVII, a cerca de duas léguas do Rio Capibaribe. O local foi denominado ?Miritiba?, palavra de origem Tupi que significa juncal (Mbiri-tyba), onde nasceu o conhecido índio Poty, o famoso Dom Felipe Camarão, conhecido como um dos líderes da Insurreição Pernambucana, entre 1645 e 1654.
A região cresceu sob o impulso do cultivo da cana-de-açúcar e diversos engenhos estabeleceram-se na região. O primeiro registro é do Engenho Mussurepe, instalado por volta de 1630. Na antiga aldeia indígena estabeleceu-se o Engenho Aldeia, de propriedade de Bartolomeu de Holanda Cavalcânti, em 1660.
Na segunda metade do século XVIII, diversos outros foram instalados nos arredores, como o Engenho Bom Sucesso, erguido à margem direita do Rio Capibaribe. O povoado de Paudalho surgiu no entorno do engenho Paudalho, de propriedade do português Joaquim Domingos Teles, que no local mandou construir uma capela em homenagem a Santa Tereza de Jesus.
Com a construção de um engenho de açúcar em 1627, a localidade passou a se chamar Engenho Aldeia. Com o crescimento, o povoado ganhou o nome de Paud?alho, sendo em seguida denominado Paudalho, por conta de uma árvore secular que exala odor semelhante ao alho. Em 1811, foi elevado à categoria de vila, mas somente em 1893 foi transformado em cidade.
Geografia
A cidade está situada a 69 metros do nível do mar, nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Capibaribe, e os principais afluentes são os rios Capibaribe, Sampaio e Goitá; e os riachos: Gameleira, Pau Amarelo, Barrigão, dos Macacos, Araçá, Piação, Murioga, Fortaleza, Dendê, Cavalcante, Vargem Grande, Caipora, Caiana, Jacaré, do Cajueiro, Tabaruma, Tabatinga, Pitangueiras, Camurim e Córrego Verde. Os principais pontos de acumulação de água são os Açudes Cursaí, Pau Amarelo, Zumbi, Tabaruma, Bicopeba, Carvalho; e as barragens do Ora e do Goitá. Os principais cursos d? água no município têm regime de escoamento perene e o padrão de drenagem é o dendrítico.
O município de Paudalho está geologicamente inserido na Província Borborema, sendo constituído pelos litotipos dos complexos Salgadinho e Vertentes da Formação Moura e dos Depósitos Aluvionares.
A maior parte de seu relevo está inserido nos Tabuleiros Costeiros, que apresentam altitude média de 50 a 100 metros. São compostos por platôs de origem sedimentar, com grau de entalhamento variável, ora com vales estreitos e encostas abruptas, ora abertos com encostas suaves e fundos com amplas várzeas. A leste, parte da área está inserida na unidade geoambiental das Superfícies Retrabalhadas.
A vegetação nativa predominante é do tipo Floresta Subperenifólia, com partes de Floresta Subcaducifólia, e cerrado/floresta. O clima é o tropical, com precipitação pluviométrica anual de 265,5 mm e temperatura média anual de 25,5ºC.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Paudalho e Wikipédia.