Santa Cruz da Baixa Verde é um município do Sertão de Pernambuco, distante cerca de 505 km da capital pernambucana. A cidade está limitada ao norte com o Estado da Paraíba, ao sul com os municípios de Calumbi e Serra Talhada, a leste com Triunfo e, a oeste, com Serra Talhada.

A cidade, conhecida como a "Capital da Rapadura", possui uma área de aproximadamente 115 km² e conta com uma população de 12.708 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. O censo de 2010 apontou que a cidade possuía 11.768 habitantes, sendo a 155ª mais populosa de Pernambuco, com cerca de 45% da população residindo na zona urbana e 55% na zona rural da cidade, segundo a base de dados do Estado de Pernambuco naquele ano. 

O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,612, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-2019), ocupando o 49º lugar no ranking estadual, segundo dados do IBGE de 2010.

Educação

Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 2.627 alunos matriculados, sendo 513 no ensino infantil, 1.678 no ensino fundamental e 436 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 97,8% e em 2020 a cidade contava com nove escolas de ensino fundamental e duas de ensino médio. 

A sua nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 2019 foi de 5,7 para os anos iniciais e 4,5 para os anos finais, ocupando as 29ª e 87ª colocações no Estado, respectivamente. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.

Saúde 

O IBGE não divulgou a taxa de mortalidade infantil para 2019. Já a taxa de internações por diarreias, em 2016, foi de 2,7 internações por mil habitantes. Em 2010, cerca de 43,4% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com cinco estabelecimentos de saúde ligados ao Sistema único de Saúde (SUS).

Economia

Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 7.789,42 por habitante, o 156ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 33.046.630,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 31.848.760,00.

A economia está baseada na agropecuária. Na agricultura predominam a cana-de-açúcar, o milho, o tomate, a banana e o café. Na pecuária prevalecem a caprinocultura e a bovinocultura.

Outro destaque da economia municipal é a agroindústria de produtos alimentícios, sobretudo a rapadura que é um tradicional doce nordestino fabricado a partir do mel extraído da cana-de-açúcar.

Turismo

Na Capital da Rapadura, a atração são os engenhos, que festejam sua produção na Feira da Rapadura, em outubro, com direito à exposição de uma mega rapadura de 5 mil kg. No município, a beleza das serras encanta. Em seus mirantes é possível contemplar um belo pôr-de-sol. Uma ida à Cratera da Panela desperta a imaginação dos turistas.

No artesanato, entre outros trabalhos, são destaques as sandálias em couro, as peças em corda e palha, as esculturas em mel batido, os bordados, além dos objetos de barro ou esculturas em metal.

No roteiro Pernambuco conhece Pernambuco, elaborado pelo Governo do Estado para promover o turismo interno, Santa Cruz da Baixa Verde está incluída na Rota do Cangaço, assim denominada por ser o Pajeú a terra natal do cangaceiro Lampião. Entre as manifestações da cultura popular no município, um dos grandes destaques são os bacamarteiros.

História

Historiadores mencionam que o Padre Ibiapina, em suas andanças pelo interior do Nordeste, esteve na localidade no final do século 19, onde pregou missões na antiga ?Fazenda Brocotó?, e lá ergueu um cruzeiro, o qual deu origem ao seu primeiro nome: Santa Cruz. Com o passar do tempo, por estar situada entre serras, em uma planície "baixa e verde", localizada em cima da ?Serra da Baixa Verde?, o lugar passou a denominar-se de ?Santa Cruz da Baixa Verde".

Segundo registros do IBGE, a cidade passou por diversas denominações. Em 1911, era distrito pertencente ao município de Triunfo com o nome de ?Santa Cruz?. De 1939 a 1943, o distrito de Santa Cruz permanece em Triunfo, mas com a denominação de ?Baixa Verde?. 

Em 1943, o distrito de Baixa Verde passou a denominar-se ?Brocotó?, 2° distrito e sede de vila do município de Triunfo. Somente em 1953, o nome foi mudado de Brocotó para ?Santa Cruz da Baixa Verde? e, em 1963, elevado à categoria de município.

Por um acórdão do Tribunal de Justiça, a cidade de Santa Cruz da Baixa Verde foi extinta, sendo seu território reanexado ao município de Triunfo. Apenas em 1° de outubro de 1991, foi novamente criado, com a mesma denominação, e desmembrado de Triunfo. A instalação aconteceu em 1° de janeiro de 1993.

Geografia

A cidade está situada a 900 metros do nível do mar, nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Pajeú. Seus principais tributários são os riachos do Covão, Icó e Abóbora. Não existem açudes com a capacidade de armazenamento igual ou superior a 100.000 m3. Todos os cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

O município de Santa Cruz da Baixa Verde está totalmente inserido na bacia hidrográfica do rio Pajeú, tendo um relevo suave e ondulado, e vegetação predominante do tipo floresta sub-caducifólia. O clima é do tipo quente e úmido.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Santa Cruz da Baixa Verde e Wikipédia.