Conheça mais sobre Solidão

Situado no Sertão do Pajeú, na fronteira norte de Pernambuco, o município de Solidão possui uma das menores populações do Estado. No último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, por exemplo, ficou em 181º lugar entre os 185 municípios. Para 2021, o instituto estimou uma população de 6.034 pessoas, distribuídas numa área territorial de 138,398 km².

O Produto Interno Bruto (PIB) e o PIB per capita também são indicadores de números reduzidos devido ao tamanho da população. O primeiro, de R$ 43.970.020,00, está no penúltimo lugar do ranking pernambuco e no 5119º do brasileiro. Já o segundo, medido em 2019, teve o valor de R$ 7.655,82, é o 159º no Estado e de 5202º no País. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Solidão, por sua vez, de 2010, foi registrado com 0,585 pontos.

O município está inserido geologicamente na Província da Borborema e na bacia hidrográfica do Rio Pajeú, apresentando um relevo ondulado e montanhoso cujo bioma predominante é a Caatinga. O clima, segundo o IBGE, é semiárido quente, com temperaturas variando entre 20º C e 36ºC

De acordo com um levantamento realizado durante o Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, do Ministério das Minas e Energia, as principais atividades econômicas na cidade são a agricultura, a pecuária e o comércio. Na agricultura, destacam-se o cultivo permanente de banana, laranja, goiaba, e manga e o temporário de cana de açúcar, feijão, milho, mandioca, algodão herbáceo, batata doce, arroz e tomate. 

Solidão faz fronteira com o estado da Paraíba ao norte e a oeste, com os municípios de Afogados da Ingazeira e Carnaíba ao sul, e de Tabira ao leste. O acesso ao município é possível por meio da Rodovia PE-320.

Educação

No ano de 2020, foram contabilizadas quatro escolas, em Solidão, voltadas para o ensino fundamental e apenas uma de ensino médio. Com relação ao levantamento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na rede pública, medido em 2019, o IBGE registrou 6,2 pontos para os anos iniciais do ensino fundamental e 5,6 para os anos finais. 

Os indicadores do Ideb, que avaliam critérios como fluxo escolar e médias de desempenho, colocam o município como um dos melhores no Estado, apesar do baixo PIB. No primeiro, Solidão fica em 13º lugar em Pernambuco e 1842º no Brasil. Já no segundo, fica em 8º e 324º respectivamente.

Saúde

De acordo com dados levantados pelo IBGE, há um hospital e seis unidades ambulatoriais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Solidão. A taxa de mortalidade infantil média no local, medida em 2020, é de 10,31 por mil pessoas nascidas vivas. Já as internações devido a diarreias (dados de 2016) são de 0,2 para cada mil habitantes. Entre os municípios do Estado, a cidade fica nas posições 107 e 163, respectivamente. Quando comparada a outras cidades do Brasil, as posições são de 2687 e 4284, respectivamente.

Em 2010, também de acordo com o IBGE, 36,4% dos domicílios de Solidão possuíam esgotamento sanitário adequado.

História

Dados extraídos dos sites Wikipedia e do IBGE apontam que o atual município de Solidão teve origem em meados do século 19, com um bandeirante chamado Euzébio. Diz a tradição que, à procura de minérios, o homem chegou no local e fez morada sob um pé de juá, onde comprou terras e fixou residência depois de algum tempo. 

Por volta de 1870, a fazenda foi vendida para um paraibano chamado Jesuíno Pereira. Em 1907, quando decidiu se estabelecer na localidade, o novo proprietário começou a construir algumas casas de alvenaria. Religioso, Jesuíno convidou o padre Carlos Cottart, de Afogados da Ingazeira, para celebrar uma missa em sua casa no ano de 1910. 

Conta-se que, quando o padre chegou à casa, exclamou: ?Que solidão?. Sem saber qual era o significado da palavra, Jesuíno perguntou ao padre, que respondeu ser ?um lugar deserto, isolado?. Desde então, as terras passaram a ser chamadas de Solidão.

Solidão foi inicialmente criado como um distrito subordinado a Afogados da Ingazeira em 1937, no entanto, em 1948, o distrito passou a fazer parte do novo município de Tabira. Apenas em 1963, por meio da Lei Estadual nº 4969, Solidão foi elevado à categoria de município, desmembrando-se de Tabira. A data da sua fundação é 20 de dezembro. 

Fontes: IBGE, Prefeitura de Solidão e Wikipédia.