Conheça mais sobre Santa Maria do Cambucá

Santa Maria do Cambucá é um município do Agreste de Pernambuco, distante cerca de 140 km da capital pernambucana. A cidade está limitada ao norte com o Estado da Paraíba; ao sul com Frei Miguelinho; a leste com Vertente do Lério e Surubim e a oeste com o município de Vertentes.

A cidade, conhecida como a "Terra do Caju", a "Terra do Calcário" e a "Cidade dos Reis Magos", possui uma área de aproximadamente 93 km² e conta com uma população de 14.308 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. 

O censo de 2010 apontou que a cidade possuía 13.021 habitantes, sendo a 144ª mais populosa de Pernambuco, com cerca de 19% da população residindo na zona urbana e 81% na zona rural da cidade, segundo a base de dados do Estado de Pernambuco naquele ano. 

O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,548, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-2019), ocupando o 163º lugar no ranking estadual, segundo dados do IBGE de 2010.

Educação

Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 2.839 alunos matriculados, sendo 453 no ensino infantil, 2.047 no ensino fundamental e 339 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 96,4% e em 2020 a cidade contava com 22 escolas de ensino fundamental e uma de ensino médio. 

A sua nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), em 2019, foi de 5,1 para os anos iniciais e 3,4 para os anos finais, ocupando as 83ª e 179ª colocações no Estado, respectivamente. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.

Saúde

Dados do IBGE de 2019 apontaram que a taxa de mortalidade infantil no município foi de 5,03 óbitos por mil nascidos vivos. Já a taxa de internações por diarreias, em 2016, foi de 0,6 internações por mil habitantes. Em 2010, cerca de 23,2% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com sete estabelecimentos de saúde ligados ao Sistema único de Saúde (SUS).

Economia

Dados do IBGE de 2018 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 7.844,61 por habitante, o 155ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 30.854.900,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 30.389.540,00. A economia do município divide-se entre o comércio local, a pecuária, a agricultura e atividades de extrativismo mineral (calcário), vegetal e silvicultura.

Turismo

No município há uma grande produção de peças em cerâmica, onde são esculpidos santos e personagens do imaginário popular nordestino. Outro aspecto importante na produção artesanal é o trabalho com bordados. A produção é organizada em pequenos grupos familiares, associações ou cooperativas que produzem toalhas de mesa, peças de vestuário e enxoval, com os mais diferentes tipos de bordados. A qualidade das peças é vista nos pontos dos bordados que ostentam toda sensibilidade e paciência de suas bordadeiras.

Parte da população também trabalha na fabricação de alpargatas, típicas sandálias de couro que são vendidas em outros municípios do Estado. Em relação a festividades, as principais comemoradas são a da emancipação da cidade, em 12 de dezembro; e a de Nossa Senhora do Rosário, que acontece no dia 7 de outubro.

O Turismo rural e pedagógico também vem sendo explorado no município. Exemplo disso está no Sítio Meu Refúgio, localizado no povoado de Sete Ranchos, que oferece uma boa opção para descanso e lazer.

História

A povoação do município ocorreu em torno da capela de Nossa Senhora do Rosário, fundada pelo padre Ibiapina em 1876. O local era chamado de Carrapato. Inicialmente integrava o território do município de Taquaritinga (hoje Taquaritinga do Norte). 

O distrito foi criado a 25 de julho de 1895 e chamava-se apenas Santa Maria. A partir de 1928, passou a pertencer ao município de Vertentes e, em 1938, mudou o nome para Ibiapina, para diferenciar-se do município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. 

Em 1944, recebeu o nome de Cambucá, uma vez que Ibiapina é o nome de uma cidade no Ceará. Cambucá é o nome de uma árvore existente na localidade. O município de Santa Maria do Cambucá foi criado a 20 de dezembro de 1963.

Geografia

A cidade está situada a 520 metros do nível do mar, nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe. Seus principais tributários são o Rio Caiaí e os riachos da Macaca, dos Porcos e do Tanque. Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000 m3. Todos os cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

O município está situado no Agreste do estado de Pernambuco, mais particularmente na microrregião do Alto Capibaribe, que condiciona a vegetação, as culturas e a fixação do homem ao meio. O relevo está inserido nas Áreas Desgastadas da Província Borborema, unidade formada por maciços altos e outeiros, com altitudes variando de 650 a 1.000 m, ou seja, superfícies onduladas com relevos residuais altos. O relevo é geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos. Os solos são pouco profundos e de fertilidade variando entre média e alta.

O clima é do tipo Bsh, árido ou semi-árido, muito quente, com chuvas no outono e inverno. O período normal de chuva inicia-se em fevereiro/março e pode estender-se até agosto. Dados históricos de precipitação revelam uma média anual de 648,70 mm, com um máximo de 912,80 mm e um mínimo de 384,70 mm.

As temperaturas variam, acompanhando a época das precipitações pluviométricas. A média anual fica em torno de 25°C. O período compreendido entre maio e agosto é caracterizado por noites frias, com temperaturas em torno de 20°C. A vegetação predominante é a caatinga hipoxerófila, existindo também áreas de floresta sub-caducifólia.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Santa Maria do Cambucá e Wikipédia.