Educação
Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 5.976 alunos matriculados, sendo 1.039 no ensino infantil, 3.704 no ensino fundamental e 1.233 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 95,9% e em 2020 a cidade contava com 19 escolas de ensino fundamental e três de ensino médio. A sua nota do IDEB em 2019 foi de 5,1 para os anos iniciais e de 4,9 para os anos finais, ocupando respectivamente as colocações 83ª e 35ª no Estado. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.
Saúde
Dados de 2019 do IBGE apontam que a cidade possuía uma taxa de mortalidade infantil de 10,64 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 115ª posição no Estado e uma taxa de internações por diarreias em 2016 de 0,1 por mil habitantes. Em 2010, cerca de 17,3% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com 18 estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.
Economia
Dados do IBGE de 2018 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 7.751,02 por habitante, o 142ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 60.396.730,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 63.869.940,00.
As principais atividades econômicas da cidade estão concentradas no artesanato, pela confecção de bordados, e na pecuária mista, com certa predominância da pecuária de corte. Na agricultura, o forte é o milho, sendo tradicionalmente um dos maiores produtores do Estado, assim como feijão, algodão, tomate, pimentão, fava, banana e laranja.
Turismo
Conhecida em Pernambuco como a terra dos bordados, Passira é uma cidade com bons atrativos para os visitantes. A cidade é acolhedora e oferece passeios relaxantes no Mirante da Serra, na Cachoeira do Tancão e no Povoado da Pedra Tapada. A Igreja de São José e a Serra de Passira são outros atrativos turísticos.
A cidade é cheia de histórias para contar, a maioria delas criada pelos índios que habitavam a região. O município ainda conserva inúmeras lendas, mantidas pelos moradores locais, a exemplo dos frutos encantados da Serra da Passira, uma solidificação rochosa com 800 metros de altitude.
A cultura popular Passira é bastante rica. A brincadeira do Cavalo Marinho é uma das principais manifestações. Há também repentistas, emboladores, capoeira e os teatros de mamulengo, geralmente presentes em festas, como a de Nossa Senhora da Conceição e de São José. Nacionalmente destacam-se os artistas Mocinha e Duda da Passira.
A gastronomia é caracterizada pela fava de coco, um prato que acompanha qualquer tipo de carne e o mais servido nos refeitórios da cidade. Também se destacam, o feijão verde, a galinha de capoeira e de cabidela (ao molho pardo), o cozido e o assado de cabrito, a carne de sol e outras receitas da culinária nordestina.
História
Registros históricos revelam que, em 1870, o missionário Dr. José Antônio Ibiapina mandou construir, na localidade, uma capela dedicada a São José. O povoado cresceu, inicialmente, com o nome de Pedra Tapada; topônimo motivado pela existência de tanques naturais em forma de pequenas cacimbas, entre os vastos lajedos que se espalham no leito do rio.
O início de seu povoamento deu-se pelo fato de ser área de transição entre a zona canavieira e a região agreste, ligando as áreas de criação de gado com as dos canaviais. Desta forma alguns núcleos populacionais começaram a surgir a partir do deslocamento dos rebanhos bovinos, sendo mais tarde reforçado pela expansão algodoeira no início do século XIX aos meados do século XX.
A serra denominada Passira situada nas proximidades do povoado motivou a substituição do nome para Passira. O nome do município vem do tupi-guarani e quer dizer "acordar suave", mas, segundo o historiador Sebastião Galvão, o topônimo significa: ?que acaba em ponta de flexa?.
Em 1892 foi criado o distrito com a denominação de Pedra Tapada, que passou a se chamar Malhada em 1938 e Passira em 1943, antes subordinado ao município de Limoeiro. Apenas em 20 de dezembro de 1963 foi elevado à categoria de município.
Geografia
A cidade está situada a 176 metros do nível do mar, nos domínios da bacia hidrográfica do rio Capibaribe. Seus principais tributários são: os rios Capibaribe e Cotunguba, além dos riachos: da Onça, Salgadinho, Limãozinho, Caçatuba, Passira, do Tamanduá, Batata, Garralão, Tapera, Maracajá e do Monteiro. O principal corpo de acumulação é o Açude do Carrapicho. Todos os cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
O relevo de Passira apresenta-se de forma bem variada estando, em sua porção central, inserido nas Áreas Desgastadas da Província Borborema, unidade formada por maciços altos e outeiros, com altitudes variando de 650 a 1.000 m. O relevo é geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos. Os solos são pouco profundos e de fertilidade variando entre média e alta.
A oeste, o relevo está inserido na região dos Maciços e Serras Baixas, com relevos medianamente altos, com grandes dissecamentos. Este tipo de relevo favorece bastante a implantação de pequenas barragens. A leste, ocorre a área dos contrafortes da Borborema, que são superfícies movimentadas e dissecadas, com vales estreitos de fundo chato ou não.
O clima é do tipo BSh, árido ou semi-árido, muito quente, com chuvas no outono e inverno. O período normal de chuva inicia-se em fevereiro/março e pode estender-se até agosto. Dados históricos de precipitação revelam uma média anual de 604,23 mm, com um máximo de 1.035,60 mm e um mínimo de 305,10 mm.
As temperaturas variam, acompanhando a época das precipitações pluviométricas. A média anual fica em torno de 24°C. A oeste, encontramos desde vegetação do tipo caatinga hipoxerófila (predominante) à floresta caducifólia. Na porção central, caatinga hipoxerófila e, a leste, floresta subcaducifólia e caducifólia.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Passira e Wikipédia.