Conheça mais sobre Orobó
Orobó é um município do Agreste pernambucano, distante cerca de 118 km da cidade do Recife. Com uma área de aproximadamente 141 km², conta com uma população de 23.985 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021.
O censo de 2010 apontou que a cidade possuía 22.878 habitantes, sendo a 84ª mais populosa de Pernambuco, com cerca de 25% da população residindo na zona urbana e 75% na zona rural da cidade, segundo a base de dados do Estado de Pernambuco naquele ano.
O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,610, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-2019), ocupando o 51º lugar no ranking estadual, segundo dados do IBGE de 2010.
Ele está limitado ao norte com as cidades de Umbuzeiro e Natuba, na Paraíba, ao sul com Bom Jardim, ao leste com Machados e São Vicente Férrer e ao oeste com o município de Casinhas.
Educação
Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 5.441 alunos matriculados, sendo 1.221 no ensino infantil, 3.295 no ensino fundamental e 925 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 97,2% e em 2020 a cidade contava com 26 escolas de ensino fundamental e três de ensino médio. As suas notas do IDEB em 2019 foram de 6,7 para os anos iniciais e de 5,5 para os anos finais, ocupando respectivamente as colocações 6ª e 11ª no Estado. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.
Saúde
Dados de 2020 do IBGE apontam que a cidade possuía uma taxa de mortalidade infantil de 3,86 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 167ª posição (ordem decrescente) no Estado, enquanto que a taxa de internações por diarreias no ano de 2016 foi de 0,9 por mil habitantes. Em 2010, apenas cerca de 20,3% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com 22 estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.
Economia
Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 14.820,60 por habitante, o 35º maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 58.679.570,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 54.181.770,00.
As principais atividades econômicas estão concentradas no comércio e no agronegócio, especialmente criações de gado, cabras, porcos, galinhas, e plantações de bananas e cana de açúcar.
Turismo
Orobó é uma terra de belezas naturais, como é o caso da cachoeira de Guarani e a cachoeira da Inveja, consideradas como uma das mais belas da região, mas também conhecida como um lugar de fé. A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição é o cartão postal da cidade, cujo altar é descrito como o mais belo do agreste pernambucano, palco de uma animada festa religiosa comemorada no dia 8 de dezembro.
A história permanece registrada nas antigas construções do tempo dos engenhos, como é o caso da capela centenária do Sitio Figueira, a mais antiga da cidade, onde estão sepultados os antigos donos da Fazenda Figueira, responsáveis pelo cultivo da cana de açúcar desde o tempo da escravidão.
Uma boa opção para o turista é fazer uma visita ao Centro de Artesanato para conhecer os trabalhos em renda frivolité ? um tipo de renda tecida com os dedos e, eventualmente, com auxílio da naveta ou navete, um instrumento talhado em madeira. A arte foi levada ao município pela artesã Dona Rosa Pereira, que aprendeu a técnica com as freiras francesas que lecionavam no município de Surubim.
História
A ocupação inicial de Orobó aconteceu por meio de povoadores vindos de Paudalho, dentre eles, Manoel José de Aguiar, que se instalou próximo a uma fonte de água, então chamada de ?Olho d´Água das Bestas?, pois era utilizada como bebedouro dos animais, que acabou sendo o primeiro nome do município.
Para desenvolver a agricultura, principalmente o cultivo da cana-de-açúcar, era comum promover ?queimadas? para facilitar a colheita do produto. Por conta disso, a região passou a ser conhecida como Queimadas. O povoado começou a ser implantado na parte alta da localidade, sob jurisdição de Bom Jardim.
Em 7 de setembro de 1914, o local foi transformado no Distrito das Queimadas, e, em 16 de setembro de 1925, passou à condição de Vila. Apenas em 1928 ganhou status de cidade, sendo o nome alterado para Orobó somente em 1938, por conta de um riacho de mesma denominação, afluente do Rio Tracunhaém, que corta o município no sentido oeste-leste.
Geografia
A cidade está situada a 415 metros do nível do mar, nos domínios da bacia hidrográfica do rio Goiana. Seus principais tributários são os rios Orobó e Tracunhaém, além dos riachos: da inveja e Gado Bravo. O principal corpo de acumulação é o Açude Gravatá. Os principais cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
O município está inserido predominantemente na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, formada por maciços e outeiros altos, com altitude variando entre 650 a 1.000 metros. Ocupa uma área de arco que se estende do sul de Alagoas até o Rio Grande do Norte. O relevo é geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados. Com respeito à fertilidade dos solos é bastante variada, com certa predominância de média para alta. A área da unidade é recortada por rios perenes, porém de pequena vazão e o potencial de água subterrânea é baixo.
A vegetação desta unidade é formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias das áreas agrestes. O clima é do tipo Tropical Chuvoso, com verão seco. A estação chuvosa se inicia em janeiro/fevereiro com término em setembro, podendo se adiantar até outubro.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Orobó e Wikipédia.