Chã Grande é um município da Zona da Mata pernambucana, distante cerca de 82 km da cidade do Recife. A cidade, conhecida como a "A Terra do Chuchu", "Chã das Palmeiras" e "A Terra da Graviola", possui uma área de aproximadamente 85 km² e conta com uma população de 21.929 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. O censo de 2010 apontou que a cidade possuía 20.137 habitantes, sendo a 102ª mais populosa de Pernambuco, com cerca de 68% da população residindo na zona urbana e 32% na zona rural da cidade, segundo a base de dados do Estado de Pernambuco naquele ano.

O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,599, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-2019), ocupando o 78º lugar no ranking estadual, segundo dados do IBGE de 2010.

Ele está limitado ao norte com Gravatá, a sul com os municípios de Amaraji e Primavera, a leste com Pombos, e a oeste com Gravatá.

Educação

Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 4.547 alunos matriculados, sendo 783 no ensino infantil, 3.327 no ensino fundamental e 437 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 96,7% e em 2020 a cidade contava com 29 escolas de ensino fundamental e uma de ensino médio. A sua nota do IDEB em 2019 foi de 4,1 para os anos iniciais e de 3,4 para os anos finais, ocupando respectivamente as posições 174ª e 179ª no Estado. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.

Saúde 

Dados de 2019 do IBGE apontam que a cidade possuía uma taxa de mortalidade infantil de 19,54 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 31ª posição no Estado e uma taxa de internações por diarreias em 2016 de 0,7 por mil habitantes. Em 2010, cerca de 45,3% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com 10 estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.

Economia

Dados do IBGE de 2018 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 9.261,23 por habitante, o 101ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 52.044.770,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 52.010.730,00. 

Tem como principal fonte de renda o chuchu. Entre as frutas, destacam-se graviola, banana, maracujá e manga, além das culturas de cana-de-açúcar, fumo em folha, limão, tomate, batata doce, mandioca e mamão.

A cidade possui um solo apropriado ao cultivo permanente de culturas agrícolas, sendo esta a principal atividade econômica do município. Atualmente, Chã Grande é responsável pela produção de culturas que variam entre o chuchu (principal cultura do município), folhosas (cultura secundária) e o cultivo da graviola. Nos últimos anos recebeu fortes investimentos na área do agronegócio, escoando sua produção pela BR-232 para as cidades de Vitória de Santo Antão, Caruaru e principalmente para Recife. No município se encontram grandes receptores da produção agrícola do município, como o Bompreço, Carrefour e distribuidores de produtos agrícolas na CEASA.

As atividades econômicas secundárias do município de Chã Grande são o comércio e a indústria, esta ainda em pequena escala, contando apenas com indústrias manufatureiras.

História

O nome do município tem sua origem no acidente geográfico onde se localiza o município. Chã significa ?terreno plano no alto de um morro?.

O povoamento surgiu entre os anos de 1875 e 1878, quando pessoas provenientes de outras cidades, principalmente da cidade de Vitória de Santo Antão, começaram a povoar as terras que futuramente formariam a vila por nome de Mumbucas, de propriedade de Joaquim Amaro.

A vila, que mais tarde passou a pertencer a José Machado, foi rebatizada, recebendo o nome de Chã das Palmeiras, por estar localizada em uma chã (terreno plano no alto de um morro) repleta de palmeiras. As palmeiras foram sendo dizimadas em face à povoação e a vila passa a ser conhecida por Chã Grande ? nome atual ? por estar localizada em uma chã consideravelmente grande.

O município foi instalado em 15 de março de 1964, sendo desmembrado da cidade de Gravatá.

Geografia

Está localizado na latitude 8° 14' 16" Sul e a uma longitude 35° 27' 43" Oeste, e situado a 470 metros do nível do mar.

A cidade está situada nos domínios da bacia hidrográfica do rio Ipojuca. Seus principais tributários são: os rios Ipojuca, Taboquinha, Vertente Doce e Macaco Grande e o riacho Muxoxo. Não existem açudes com capacidade de acumulação. Os cursos d?água mais relevantes no município têm regime de escoamento perene e o padrão de drenagem é o pinado, uma variação do dendrítico.

O relevo do Chã Grande faz parte da unidade das Superfícies Retrabalhadas que é formada por áreas que têm sofrido retrabalhamento intenso, com relevo bastante dissecado e vales profundos. Na região litorânea de Pernambuco e Alagoas, é formada pelo ?mar de morros? que antecede a Chapada da Borborema, com solos pobres e vegetação de floresta hipoxerófila.

O clima é do tipo Tropical Chuvoso com verão seco. O período chuvoso começa no outono/inverno tendo início em dezembro/janeiro e término em setembro. A precipitação média anual é de 1309,9 mm. 

A vegetação é predominantemente do tipo Floresta Subperenifólia, com partes de Floresta Hipoxerófila.

Turismo

Vizinha a Gravatá, começa a ser invadida por "turistas recifenses" que adoram o clima ameno do inverno, na área rural.

Um ponto turístico de interesse é o Mosteiro da Escuta do Senhor, dos monges beneditinos, na região rural da cidade, onde os ofícios e as missas são celebrados com cantos gregorianos. A Igreja da Matriz de São José, que fica no centro da cidade, também faz parte do roteiro turístico.

Há grandes manifestações populares, típicas do nordeste brasileiro. Em Chã Grande é comemorado o carnaval com o desfile de blocos tradicionais como "As Catraias do Atelier", que é uma versão do bloco das Virgens de Olinda, uma das principais atrações no período carnavalesco.

A festa de São João também é comemorada de forma típica, com apresentação de quadrilhas. Além disso, acontece no pátio de eventos da cidade o Festival de Quadrilhas Juninas de Chã Grande.

Vale mencionar as festas de São Sebastião (em janeiro) e São José (em março), onde além da programação religiosa, a cidade pára para se divertir com os badalados shows na praça pública. 

Há também o Eco-Festival em Chã Grande, com oficinas de reciclagem, palestras sobre o meio ambiente, entre outras, e os shows de pastoril, maracatu, entre outras manifestações culturais de Pernambuco.

Destaca-se ainda o Grande Festival Nordestino do Agricultor, realizado todos os anos em outubro/novembro na cidade. 

O visitante pode também apreciar as belas paisagens do município, com destaque para as paisagens do Vale dos Caldeirões, mostra o ponto mais bonito do Rio Ipojuca com diversas formações rochosas. O clima é ameno, frio, úmido e agradável, bastante atraente para o turista.

Outros lugares que valem uma visita são: Cachoeira de Vertentes, a Pedra da Onça, a Serra do Lampião, os casarões da cidade e a Capela de Mutuns.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Chã Grande e Wikipédia.