Chã de Alegria é um município pernambucano localizado na Zona da Mata Norte do Estado e distante 52 km da cidade do Recife. Com uma área de aproximadamente 58 km², possui uma população de 13.641 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. O censo de 2010 apontou que a cidade possuía 12.404 habitantes, sendo o 149º mais populoso de Pernambuco em 2010, com cerca de 77% da população residindo na zona urbana e 23% na zona rural da cidade.
O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,604, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-2019), ocupando o 66º lugar no ranking estadual, segundo dados do IBGE de 2010.
O município está limitado ao norte com Paudalho, ao sul com Vitória de Santo Antão, a oeste com Glória do Goitá, e a leste com São Lourenço da Mata.
Educação
Em 2018, existiam 2.912 alunos matriculados no município, sendo 419 no pré-escolar, 2.079 no ensino fundamental e 414 no ensino médio. No mesmo ano, a taxa de escolarização era de 97,1% e a cidade contava com nove escolas de ensino fundamental e uma de ensino médio. A sua avaliação do IDEB em 2019 foi de 4,5 nos anos iniciais e de 3,7 nos anos finais, ocupando respectivamente as colocações 153ª e 169ª no estado.
O município não possui em funcionamento nenhuma instituição de ensino superior.
Saúde
Dados de 2020 do IBGE apontam que a cidade possuía uma taxa de mortalidade infantil de 9,95 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 112ª posição no Estado, enquanto que a taxa de internações por diarreias em 2016 foi de 0,2 por mil habitantes. Em 2010, apenas cerca de 19,7% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com oito estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.
Economia
Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 11.924,53 por habitante, sendo o 64º maior do Estado. Já as receitas realizadas no período foram de R$ 29.831.120,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 28.530.100,00.
A economia do município baseia-se na indústria de transformação, no comércio, na prestação de serviços e na administração pública, além da agropecuária, da extração vegetal, da caça e da pesca.
História
As terras do município pertenciam a Olinda e, na segunda metade do século XVIII, foram doadas a David Pereira do Rosário pela neta de Duarte Coelho Pereira e, depois, passaram a pertencer aos pretos de Corcovado, que iniciaram a exploração do território, construindo diversas casas de taipa, uma pequena casa de oração. Com isso, teve início o povoamento de uma ?chã? com poucas casas, porém muito alegre, vindo aí o nome adotado até hoje: Chã de Alegria.
Ainda hoje existe uma propriedade denominada Timbó dos Negros, que foi doada à Paróquia de Nossa Senhora do Rosário. As primeiras casas de Chã de Alegria foram construídas na atual rua do Rosário, por volta do ano de 1842.
Em 1877, passou a ser distrito de Glória do Goitá, e foi elevada à categoria de vila em 1931. Apenas em 1963, a localidade foi transformada em município.
Geografia
Está localizado na latitude 08º00'04" Sul e a uma longitude 35º12'46" Oeste, e situado a 160 metros do nível do mar.
A cidade está situada nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Goitá e Aratangi, além dos riachos: Café, Palheta, Bumbá, Salgado e Urubas. Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m3. Todos os cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
O município de Chã de Alegria está geologicamente inserido na Província Borborema, sendo constituído pelos litotipos dos Complexos Salgadinho e Vertentes e os sedimentos do Grupo Barreiras.
A maior parte de seu relevo está inserido nos Tabuleiros Costeiros, que apresentam altitude média de 50 a 100 metros, e compreende platôs de origem sedimentar com grau de entalhamento variável, ora com vales estreitos e encostas abruptas, ora abertos com encostas suaves e fundos com amplas várzeas. De modo geral, os solos são profundos e de baixa fertilidade natural.
A vegetação nativa predominante é do tipo Floresta Subperenifólia, com partes de Floresta Subcaducifólia, e cerrado/floresta.
O clima é tropical chuvoso com verão seco, com precipitação pluviométrica anual de 1.634,2 mm e temperatura média anual de 25ºC.
Turismo
Alguns dos principais pontos de visitação turística da cidade são o Mosteiro da Escuta do Senhor, mantido por monges beneditinos, e o Engenho Sanhaçu - o primeiro engenho brasileiro movido a energia solar - responsável pela produção da cachaça de mesmo nome.
A família Barreto Silva, proprietária do local, trabalha com agricultura orgânica desde a aquisição do engenho, em 1993, e vem implementando, ao longo dos anos, o sistema de manejo agroflorestal. Por conta disso, lá são encontrados diversos exemplares de árvores nativas da Mata Atlântica, servido também de refúgio natural para fauna nativa da região, como tejus, saguis, raposas, lebres e diversas aves, dentre elas o sanhaçu, que deu origem ao nome da cachaça.
A cidade também é conhecida por ser a ?terra do banho de cheiro? por ser essa uma das características do seu carnaval, além dos Maracatus de Baque Solto, Pavão Dourado e Leão Vencedor.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Chã de Alegria e Wikipédia.