Conheça mais sobre Carpina

Carpina é um município situado na Zona da Mata Norte de Pernambuco, distante 45 quilômetros da capital. Sua população foi estimada em 84.395 habitantes, conforme dados do IBGE de 2020, sendo o 20º município mais populoso do Estado. 

Carpina possui o 17º PIB per capita do Estado (R$ 17.467,92), também de acordo com o IBGE, e é formada pelo distrito sede e pelo povoado de Caramuru.

Educação

Conforme o último levantamento publicado pelo IBGE (2017), o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município registrou 4,7 para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental (colocação em 88º no Estado e 4130º no país) e 4,2 para os Anos Finais do Ensino Fundamental (66º no Estado e 3163º no país), ambos os indicadores da rede pública. O Ideb é utilizado para medir a qualidade do aprendizado e estabelecer metas para melhoria do ensino, avaliando o fluxo escolar e as médias de desempenho. Ainda segundo o IBGE, em 2018, Carpina dispunha de 60 escolas para o ensino fundamental e 12 para o ensino médio.

Saúde 

O IBGE informou que a taxa de Mortalidade Infantil média (2017) na cidade é de 12,95 para 1.000 nascidos vivos (colocação em 83º no Estado e 2387º no país) e as Internações por Diarreias (2016) são de 0,3 para cada 1.000 habitantes (128º no Estado e 3907º no país). De acordo com o Wikipédia, o município conta atualmente com 29 unidades de saúde públicas.

Economia

O PIB per capita de Carpina atingiu o valor de R $17.467,92 em 2017, segundo o IBGE. A atividade econômica predominante é o comércio, possuindo o maior polo comercial da região, chegando a absorver o mercado das cidades vizinhas.

Política

Dados sobre a política do município mostram que a cidade já teve vinte e dois prefeitos. O primeiro prefeito de Carpina foi o coronel Ernesto Pompílio do Rego, do Engenho Serraria, que tomou posse no dia 15 de novembro de 1928.

História

Ocupação indígena - Por volta do ano 1000, a Zona da Mata Norte do Estado foi ocupada por tupis vindos da Amazônia, que expulsaram os antigos habitantes tapuias, que falavam as línguas macro-jês. No século XVI, quando os primeiros europeus chegaram na região, ela já era habitada pelo ramo tupi dos tabajaras.

Antecedentes da ocupação territorial de origem europeia - Mesmo o atual território do município sendo situado principalmente na bacia hidrográfica do Rio Capibaribe, admite-se que teria recebido maior influência daqueles que buscavam as matas setentrionais, na esperança de encontrar o pau-brasil. Logo que as matas litorâneas foram dizimadas e foi implantada a atividade canavieira nos vales dos rios, os colonos que não dispunham de recursos suficientes para a implantação de engenhos dedicavam-se a atividades complementares e dependentes da atividade principal.

Assim, o pastoreio foi obrigado a buscar outras regiões para crescer sem prejudicar a agricultura nascente, acarretando a interiorização da pecuária e sua fixação no Agreste e Sertão. Entre as atividades complementares dependentes da açucareira, além da pecuária, também havia a madeireira. Os madeireiros foram forçados a procurar melhores sítios ainda não cobiçados pelos nobres do açúcar.

Os colonizadores da capitania de Itamaracá que se fixaram no vale do Rio Goiana foram os primeiros descendentes de europeus a desbravarem aquelas áreas, onde o rio Tracunhaém cortava a terra coberta de matas, em busca de terras para a agricultura de subsistência. Ao mesmo tempo, os madeireiros seguiam a mesma trilha, alcançando as cabeceiras do rio. Por outro lado, os pecuaristas buscavam rotas para suas boiadas capazes de fornecer condições de sobrevivência.

Essa necessidade levou ao traçado das rotas seguindo os cursos dos rios que desembocam no litoral. O atual município de Carpina teve sua ocupação determinada por duas vias de acesso: uma pelo norte, partindo de Goiana (pelo rio Tracunhaém); outra pelo sul, uma das rotas oficiais dos caminhos das boiadas (pelo rio Capibaribe).

Desenvolvimento - Com a abertura da estrada de ferro para Limoeiro, em 1881, a Chã do Carpina passou a ser uma estação intermediária. O movimento ferroviário incrementava o comércio da estação. Logo depois, fazendo entroncamento na Chã de Carpina, abriu-se o ramal para Nazaré. Os dois eventos tiveram marcante contribuição no desenvolvimento inicial: quer pela estação da linha tronco com o destino a Limoeiro, quer pela implantação do ramal.

A atividade comercial que se iniciou e se desenvolveu no local provocou a construção de moradias. Conta-se que, por volta de 1888, um dos moradores, João Batista de Carvalho, teve a iniciativa de desapropriar uma área, coberta de mocambos e roçados, para abrir a primeira praça de Chã do Carpina. Hoje o local é a principal praça da cidade.

Crescimento e consolidação - O distrito Chã do Carpina consta como integrante do município de Nazaré. A denominação de Floresta dos Leões foi dada ao distrito pela Lei municipal (Paudalho) de nº 12, datada de 15 de dezembro de 1901, numa homenagem a João Souto Maior, líder da Revolta Pernambucana de 1817, apelidado de Leão de Tejucupapo, e a seus seguidores, os leões, que se haviam refugiado na chã do Carpina, depois de um combate com as tropas governistas. Assim, o local foi elevado à categoria de vila em 1909 e, em 1928, criou o município Floresta dos Leões, que permaneceu até 1938, quando foi substituído pelo de Carpina, em face do decreto-lei estadual 235 de 9 de dezembro de 1938. O município comemora sua emancipação política no dia 11 de setembro.

Emancipação Política - O funcionário público e jornalista Francisco José Chateaubriand Bandeira de Melo pediu permissão para o presidente da república Afonso Pena, para mudar o nome de Chã do Carpina para Floresta dos Leões. Em 1923, o deputado Armando Gayoso apresentou à Câmara de Vereadores, o projeto de lei que sugeria a emancipação do município. A vila Floresta dos Leões foi elevada à categoria de cidade pela Lei Estadual nº 1931, de 11 de setembro de 1928. Desmembrada dos municípios de Paudalho e Nazaré da Mata, passou a se chamar Floresta dos Leões. Em 1938, a localidade voltou ao nome de origem, Carpina, durante o Estado Novo, Governo de Getúlio Vargas, por sugestão do jornalista Mário Melo.

Cronologia:

Lei Estadual nº 991, de 1 de julho de 1909, caracteriza as povoações que terão a categoria de cidade e a de vila, ficando, nessa última categoria, a vila de Floresta dos Leões.

A Lei Estadual nº 1572 de 16 de maio de 1923 constitui o município de Carpina no território conhecido como Floresta dos Leões, entre os municípios de Nazaré e Paudalho. Sua sede continuará sendo denominada Floresta dos Leões.

Em 11 de setembro de 1928, a Lei Estadual 1931 constituiu, mais uma vez, o município, com o nome de Floresta dos Leões, formado pelos distritos de Carpina e Lagoa do Carro, cujo funcionamento iniciaria em 1 de janeiro de 1930.

Decreto-lei estadual nº 235, de 9 de dezembro de 1938, mudou a denominação do município de Floresta dos Leões para Carpina.

Geografia

O território municipal, segundo o IBGE, é de 147,017 km², estando cerca de 45 quilômetros do Recife. Os municípios limítrofes são Tracunhaém, Nazaré da Mata e Buenos Aires, ao Norte; Lagoa de Itaenga e Lagoa do Carro, ao Sul; Limoeiro, a Oeste; e Paudalho, ao Leste. 

O município está inserido nas bacias hidrográficas dos rios Goiana e Capibaribe.

Cultura, Turismo e Lazer

Pontos turísticos 

Museu do Instituto Histórico e Geográfico;

Estação Ferroviária.

Carpina é conhecida em toda região pelos seus festejos juninos, quando durante todo o mês, a cidade se transforma em um grande arraial para receber visitantes. Além das grandes fogueiras, forró e comidas típicas, os bacamarteiros se destacam durante o São João.

A cidade também é conhecida pelos seus artistas-artesãos, a exemplo do Mestre Saúba, mamulengueiro, compositor e criador de peças em madeira que retratam as figuras nordestinas.

Feriados municipais

06 de janeiro - Dia de Reis: primeira grande festa do ano em Carpina, na primeira semana. Logo depois das festas de final de ano, acontecem apresentações de pastoril e bumba meu boi e feira de produtos e comidas típicas.

19 de Março - São José (padroeiro da cidade): Para essa comemoração religiosa, que, geralmente, tem a duração de 9 a 13 dias, todos os dias ocorre a adoração e o terço é rezado de forma reflexiva. Tem-se, também, procissões e celebrações eucarísticas, geralmente com a presença de padres das cidades circunvizinhas, do Bispo da Diocese da Cidade de Nazaré da Mata, além dos padres da Escola Salesiana Padre Rinaldi e do Pároco da Matriz de São José, onde são realizadas todas as atividades religiosas em Homenagem ao Padroeiro da cidade do Carpina, São José.

13 de Junho - Santo Antônio (padroeiro do Bairro Santo Antônio): Durante 13 dias seguem as festividades do padroeiro na Matriz de Santo Antônio.

11 de Setembro - Emancipação política: Neste dia, acontece um desfile cívico em comemoração à emancipação da cidade, com participação de igrejas, militares e dezenas de escolas da região e mesmo de estados vizinhos.

Esporte

Carpina tem um clube no Campeonato Pernambucano de Futebol, o Clube Atlético Pernambucano, que joga como mandante no Estádio Municipal de Carpina. Outros clubes da cidade são: Santa Cruz Futebol Clube do Carpina, Carpina Sport Clube, Carpinense Esporte Clube, Korujão Clube de Carpina e GE Petribu.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Carpina, Câmara Municipal de Carpina e Wikipédia.