Educação
Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam 7.713 alunos matriculados, sendo 1.319 no ensino infantil, 5.335 no ensino fundamental e 1.059 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 97,9% e em 2020 a cidade contava com 27 escolas de ensino fundamental e duas de ensino médio. A sua nota do IDEB em 2019 foi de 5,7 para os anos iniciais e de 5,0 para os anos finais, ocupando a 29ª posição no estado, que obteve 5,2 de pontuação. O município não possui instituições de ensino superior.
Saúde
Dados de 2019 do IBGE apontam que a cidade possuía uma taxa de mortalidade infantil de 21,05 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 23ª posição no Estado, enquanto que a taxa de internações por diarreias no ano de 2016 foi de 0,9 por mil habitantes. Em 2010, cerca de 42,4% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com 12 estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.
Economia
Dados do IBGE de 2018 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 10.451,10 por habitante, o 80ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 70.901.810,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 71.749.190,00.
A atividade econômica da região está voltada principalmente para a agroindústria.
Turismo
Trindade possui várias opções de turismo. Uma ótima opção para o turista é visitar os botecos da cidade para saborear um bife de fígado frito e comer a melhor piaba da região, ao som de uma boa seresta. Outros pontos de destaque são a Festa do Gesso e as festividades da Sagrada Família, padroeira do município, que ocorre no mês de setembro.
A cidade é conhecida pelo seu artesanato em pedra gipsita, pelo carnaval de rua, um dos mais animados do sertão pernambucano, e pelo seu São João, com apresentação de quadrilhas juninas, grupos de xaxado e bacamarteiros.
Outra boa pedida é visitar a Capela da Torre, localizada entre Trindade e Ipubi, conhecida como lugar de peregrinação, onde os fiéis pagam suas promessas. Aventureiros e pessoas com espírito esportivo costumam escalar a torre até o topo. Vale a pena também conhecer as mineradoras locais, responsáveis por 97% de todo o gesso produzido no país, com uma produção anual de 2,5 milhões de toneladas.
História
A história do município teve início em meados do século 19, com a chegada do Capitão Manoel Felix Monteiro, rico senhor que veio da cidade de Monteiro (Paraíba), no final de 1830. Depois de residir nas imediações do rio Pajeú na cidade de Flores (Pernambuco), transferiu-se para o Sertão do Araripe, reconhecendo a terra como fértil e propícia à pecuária e à agricultura, onde comprou o sítio Baixo e o Sítio Patí, localizado no município de Ouricuri.
Trindade recebeu três nomes antes de ser desmembrado do município de Araripina. O primeiro foi ?Feira do Toco?, em homenagem à 1ª feira realizada no município em l948, por haver no terreno brotado há pouco tempo, vários tocos. Alguns também chamavam o lugar de ?Feira do Pau?, por conta de brigas durante as feiras. No local havia apenas uma casa de taipa e algumas barracas cobertas de folhas.
A segunda denominação dada foi ?Espírito Santo?, por estar próximo a uma lagoa homônima (existente até hoje), nome este escolhido para o padroeiro da capela erguida no lugar. A terceira nomenclatura - Trindade - surgiu com a emancipação política em 1963, em alusão à Santíssima Trindade, já que havia uma lei que proibia uma cidade ter nome de Estado. O padroeiro do município também mudou e passou a ser a Sagrada Família.
As primeiras casas e pontos comerciais (bodegas) surgiram com a evolução do comércio. Nos anos 60 a localidade já contava com uma loja onde vendia tecidos, cobertas, chapéus e outros produtos, pertencente a Lauzemiro Aquino, que veio da Barra de São Pedro, quando a mesma foi destruída com a enchente de 1960, fazendo com que várias famílias imigrassem para a localidade.
A gipsita começou a ser comercializada nos anos 50, com a abertura da primeira mina, pertencente ao Grupo Itaú. No início, só se comercializava a rocha bruta, mas, com o passar dos anos, foram surgindo outras minas que passaram a exportar a pedra para vários Estados.
Na década de 70 implantaram a primeira fábrica de gesso calcinado e, em 1980, a população teve grande crescimento. Com o surgimento das indústrias de gesso, começaram as imigrações. Em 1993, a cidade já contava com 18.000 habitantes.
O comércio em grande parte depende da gipsita, que hoje é exportada para todas as regiões do Brasil, seja como rocha bruta, calcinado, placas ou bloquetes, sendo usado também na fabricação de cimento, fertilizante, na construção civil, na produção de obras de arte, entre outros. A cidade é muito conhecida por sua produção de gesso e pedra britada, e como local de muitas paradas de caminhoneiros de todo o Brasil.
Geografia
A cidade está situada a 518 metros do nível do mar, nos domínios da bacia hidrográfica do Rio da Brígida. Os principais tributários são os riachos Pati e São Pedro. Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000 m3. O padrão da drenagem é o dendrítico e todos os cursos d? água têm regime intermitente.
O município está geologicamente inserido na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja, que representa a paisagem típica do semi-árido nordestino, caracterizada por uma superfície de pediplanação bastante monótona, relevo predominantemente suave-ondulado, cortada por vales estreitos, com vertentes dissecadas.
Elevações residuais, cristas e outeiros pontuam a linha do horizonte. Esses relevos isolados testemunham os ciclos intensos de erosão que atingiram grande parte do sertão nordestino. A vegetação é basicamente composta por Caatinga Hiperxerófila com trechos de Floresta Caducifólia. O clima da cidade é o Tropical Semiárido, com chuvas de verão. O período chuvoso se inicia em novembro com término em abril. A precipitação média anual é de 431,8 mm.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Trindade e Wikipédia.