Educação
Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 4.507 alunos matriculados, sendo 852 no ensino infantil, 3.090 no ensino fundamental e 565 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 93,4% e em 2020 a cidade contava com 28 escolas de ensino fundamental e uma de ensino médio. A sua nota do IDEB em 2019 foi de 4,7 para os anos iniciais e 4,1 para os anos finais, ocupando as 130ª e 135ª colocações no Estado, respectivamente. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.
Saúde
Dados do IBGE de 2019 apontaram que a taxa de mortalidade infantil foi de 28,74 óbitos por mil nascidos vivos. Já a taxa de internações por diarreias, em 2016, foi de 0,6 internações por mil habitantes. Em 2010, cerca de 49,4% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com quatro estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.
Economia
Dados do IBGE de 2018 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 9.394,09 por habitante, o 105ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 52.372.080,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 49.074.570,00.
A cidade apresenta uma economia baseada na agricultura e na pecuária, na indústria e no setor de serviços.
Turismo
Por estar localizado no Agreste pernambucano, região onde as tradições de festas juninas são fortes e reconhecidas nacionalmente, a cidade esbanja forró, comidas típicas e fogueiras durante as festas de São João, São Pedro e Santo Antônio. Com suas roupas de zuarte, seus chapéus de couro, alpargatas e cartucheiras de flandres, as armas às costas ou em punho, os bacamarteiros partem em batalhões enfileirados, tendo à frente seu comandante, acompanhados por bandinhas de pífanos, zabumbeiros e sanfoneiros.
A tradição provém da Guerra da Cisplatina, em 1865, onde os voluntários da pátria lutaram na Guerra do Paraguai. Eles simbolizam os soldados voltando da guerra para sua cidade, ao encontro dos seus familiares. No sertão, brincam de tomar fogueiras, ou disputam o maior tiro nos terreiros das fazendas e, durante as festividades, soltam grandes tiros de pólvora seca em homenagem aos santos padroeiros, agradecendo a sua volta da guerra. Fazem parte desses grupos desde vaqueiros e camponeses, até pequenos comerciantes e artistas independentes, numa tradição que segue de geração em geração.
História
O povoamento do município começou por volta de 1876, quando o coronel Joaquim Bezerra estabeleceu-se no local, que naquela época era parte integrante do município de Caruaru. Ali, ele construiu uma casa-grande e diversos casebres para seus escravos, além de um estabelecimento para descaroçamento de algodão, originando a cidade.
Em 1881, foi criada uma feira no povoado, denominada de Riacho das Éguas, porque nos períodos de seca as éguas iam beber água num poço existente num riacho das proximidades. O nome da cidade foi modificado para Riacho das Almas em 1905, pelo padre José Ananias, depois que o povoado da região enfrentou uma epidemia de peste bubônica ou febre tifóide, que resultou na morte de centenas de pessoas que à época invocaram a São Sebastião a cura para aquela doença.
Depois da superação da epidemia, a comunidade construiu uma capela em homenagem a São Sebastião. Então o padre José Ananias sob a alegação de que o nome primitivo Riacho das Éguas era de animal, resolveu mudar o nome da cidade para Riacho das Almas, também em homenagem às almas dos mortos vitimados pela epidemia da peste.
O povoamento do território se intensificou, a ponto de ser elevado à categoria de 5º distrito de Caruaru, em 1920, instalada a sede distrital na atual Vila de Trapiá, passando depois para a sede municipal. Em 16 de julho de 1941, passou à categoria de freguesia, sob a inovação de Nossa Senhora da Conceição, subordinada à Diocese de Pesqueira, tendo como primeiro vigário o padre Antônio Faustino da Costa. Apenas em 30 de dezembro de 1953, foi elevado a município com a denominação de Riacho das Almas.
Geografia
A cidade está situada a 407 metros do nível do mar, nos domínios das bacias hidrográficas dos rios Capibaribe e Ipojuca. Seus principais tributários são o Rio Capibaribe e os riachos das Éguas e Salgado. Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m3. Todos os cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
O município está situado no Agreste do estado de Pernambuco, mais particularmente na microrregião do Médio Capibaribe, que condiciona a vegetação, as culturas e a fixação do homem ao meio.
O relevo tem as seguintes características: na sua porção leste o município está inserido na região dos Maciços e Serras Baixas, com relevos medianamente altos, com grandes dissecamentos. Este tipo de relevo favorece bastante a implantação de pequenas barragens. A oeste, ocorrem as Superfícies Entalhadas do Cristalino, áreas movimentadas com relevos altos e grandes afloramentos, alternando com áreas de relevo suave ondulado com espalhamento arenoso.
O clima é do tipo Bsh, árido ou semiárido, muito quente, com chuvas no outono e inverno. O período normal de chuva inicia-se em fevereiro/março e pode estender-se até agosto. Dados históricos de precipitação revelam uma média anual de 582,60 mm, com um máximo de 1.468,30 mm e um mínimo de 179,30 mm. As temperaturas variam, acompanhando a época das precipitações pluviométricas. A média anual fica em torno de 26°C. A vegetação é do tipo caatinga hipoxerófila, predominante em toda a área do município.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Riacho das Almas e Wikipédia.