Conheça mais sobre Manari

Manari é um município do Sertão de Pernambuco, distante cerca de 400 km da capital pernambucana. A cidade possui uma área de aproximadamente 407 km² e conta com uma população de 22.110 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. 

O censo de 2010 apontou que a cidade possuía 18.083 habitantes, sendo a 113ª mais populosa de Pernambuco, com cerca de 21% da população residindo na zona urbana e 79% na zona rural da cidade, segundo a base de dados do Estado de Pernambuco naquele ano. 

O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,487, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-2019), ocupando o 185º lugar (último) no ranking estadual, segundo dados do IBGE de 2010.

A cidade está limitada ao norte com o município de Ibimirim, ao sul com o Estado de Alagoas, a leste com Itaíba, a oeste com Inajá.

Educação

Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 4.743 alunos matriculados, sendo 647 no ensino infantil, 3.106 no ensino fundamental e 990 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 93,4% e em 2020 a cidade contava com 29 escolas de ensino fundamental e uma de ensino médio. A sua nota do IDEB em 2019 foi de 4,1 para os anos iniciais e 3,9 para os anos finais, ocupando as 174ª e 155ª colocações no Estado, respectivamente. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.

Saúde

Dados do IBGE de 2019 apontaram que a taxa de mortalidade infantil foi de 17,42 óbitos por mil nascidos vivos. Já a taxa de internações por diarreias, em 2016 foi de 1,1 internações por mil habitantes. Em 2010, cerca de 5,6% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com quatro estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.

Economia

Manari é considerado o município mais pobre de Pernambuco. Dados do IBGE de 2018 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 6.186,80 por habitante, o 185ª maior do Estado (última colocação). Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 47.410.430,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 46.374.190,00. 

As principais atividades pecuárias são a caprinocultura, a ovinocultura, a bovinocultura de corte e leite, a suinocultura e os galináceos. Nas atividades agrícolas, registra-se o cultivo temporário da mandioca.

Turismo

Uma das principais atrações da cidade é a Praça de Eventos onde são realizados shows e apresentações artísticas. No local, no mês de janeiro, é realizada uma das mais tradicionais festas do sertão pernambucano, que conta com a Missa do Vaqueiro e apresentações de artistas locais. Nesse período são realizados novenários na igreja católica, marcando as celebrações em homenagem ao santo padroeiro da cidade: São Sebastião.

História

O topônimo Manari, do tupi amana-r-i, significa "riacho, água da chuva", em alusão a um curso de rio que corria nas suas proximidades.

A história da povoação de Manari se dá com a chegada de dois fazendeiros, Antônio e Manoel Pereira, de origem portuguesa, que aportaram na região, após a compra de boa parte de terra que pertenciam à família Aranha, proprietária de extensa faixa de terra no sertão de Pernambuco.

Junto com esses fazendeiros que por aqui se instalaram, vieram alguns escravos, para ajudar na lida e no preparo da terra; dentre estes, nota-se uma cativa de origem indígena, chamada de Mariana.

Certa vez, Mariana e seus dois filhos foram apanhar umbu, lenha e água na lagoa e, defrontaram-se com porcos selvagens, muito abundante na região e eram conhecidos como "queixadas", e segundo contam os mais velhos, eles foram atacados e devorados.

Após ocorrido o fato, o lugar antes sem denominação, passou a chamar-se de Mariana, em homenagem à escrava. Com o passar dos tempos, foram se estabelecendo famílias de outros lugares, e com isso as raças foram se misturando, sobrevivendo da agricultura, como o milho, o feijão e o algodão, produto com grande aceitação no mercado da época.

Como era comum à época, as famílias Rocha, Queiroz, Anjos, Monteiro, Pires e os Maltas, instalaram-se na região e doaram partes de suas terras para fixação de outras famílias provenientes de outras localidades e também para a construção da Capela de Nossa Senhora da Conceição na pequena vila.

O distrito de Mariana foi criado em 1929, subordinado ao município de Moxotó. Seu nome foi convertido para Manari em 1943, segundo costume da época de nomear as localidades brasileiras com nomes indígenas. Apenas em 12 de julho de 1995, o distrito foi elevado à categoria de município.

Geografia

A cidade está localizada a 570 metros do nível do mar e inserida nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Moxotó. Seus principais tributários são os riachos Manari, Cana Brava, do Umbuzeiro, da Velha Rosa e Gravatá. O principal corpo de acumulação é a Lagoa da Vaca. Todos os cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

O município está inserido no Polígono das Secas, no domínio da Bacia do Rio São Francisco e Ipanema. Altitude da sede 570m. Apresenta um clima semi-árido quente ? Bshw, temperatura média anual de 25ºC, com alternância de duas estações: a chuvosa e a de verão ou seca. As chuvas são caracterizadas por fortes precipitações de verão, concentradas, às vezes, num pequeno período, de novembro a abril, a partir daí tem-se o verão, que se estende até setembro. O período mais frio vai de maio a agosto. Os meses mais quentes são outubro e novembro. 

O relevo é constituído de maciços e serras altas e altitudes em torno de 560 a 600 metros. Os solos são pouco profundos e de fertilidade variada, predominando, contudo, os solos de fertilidade média a alta. A vegetação do município é característica da caatinga hiperxerófila.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Manari e Wikipédia.