Timbaúba é um município pernambucano localizado na Zona da Mata Norte do Estado e distante cerca de 100 km da cidade do Recife. O município está limitado ao norte com o Estado da Paraíba, ao sul com a cidade de Vicência, a oeste com Macaparana, e a leste com Ferreiros, Aliança e Camutanga.
Com uma área de aproximadamente 289 km², possui uma população de 52.587 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. O censo de 2010 apontou que a cidade possuía 53.825 habitantes, sendo o 32º mais populoso de Pernambuco em 2010, com cerca de 86% da população residindo na zona urbana e 14% na zona rural da cidade.
O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,618, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-2019), ocupando o 44º lugar no ranking estadual, segundo dados do IBGE de 2010.
Educação
Em 2018, existiam 11.502 alunos matriculados no município, sendo 1.353 no pré-escolar, 7.882 no ensino fundamental e 2.267 no ensino médio. No mesmo ano, a taxa de escolarização era de 97,7% e a cidade contava com 36 escolas de ensino fundamental e seis de ensino médio.
A sua avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), em 2019, foi de 5,2 para os anos iniciais e 5,3 para os anos finais, ocupando respectivamente as colocações 70ª e 14ª no estado. O município conta com algumas instituições de ensino superior atuando no local, a exemplo da Faculdade de Ciências de Timbaúba (Facet), que oferece cursos de graduação nas áreas de humanas e exatas, e a Faculdade de Ensino Superior de Timbaúba (Faest).
Saúde
Dados de 2020 do IBGE apontam que a cidade possuía uma taxa de mortalidade infantil de 9,46 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 122ª posição no Estado, enquanto que a taxa de internações por diarreias no ano anterior foi de 0,5 por mil habitantes. Em 2010, cerca de 66,2% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com 27 estabelecimentos de saúde ligados ao Sistema único de Saúde (SUS).
Economia
Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 12.722,07 por habitante, sendo o 51º maior do Estado. Já as receitas realizadas no período foram de R$ 112.343.990,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 105.483.280,00.
Timbaúba possui inúmeros engenhos de açúcar na época colonial, mas atualmente se destaca o engenho açucareiro Usina Cruanji, onde são empregadas milhares de pessoas. Atualmente, embora não tenha perdido sua vocação agrícola produtora de açúcar, dedica-se às atividades comerciais por estar situada nas proximidades de várias pequenas cidades do interior de Pernambuco. Também fazem parte de sua economia a pecuária, lavoura permanente, lavoura temporária, produção agrícola de cereais, leguminosas e oleaginosas, e a extração vegetal ligada à silvicultura.
Turismo
Timbaúba é conhecida como a Terra dos Bois e famosa pela produção de redes e calçados.
O município conta com cerca de 60 grupos que se reúnem nos domingos de Carnaval. O mais antigo em atividade - o Boi do Trigo - existe há mais de 40 anos. Os bois desfilam em cortejo pelas ruas e, ao chegar ao centro da cidade, fazem evoluções, quando é eleito o vencedor do Carnaval de Timbaúba.
As agremiações são formadas por estandarte, porta-bandeira, a ?Mulher da Mala?, os ?Toureiros? e os brincantes, em uma grande festa popular. A festa conta ainda com blocos de frevo, caboclinhos, maracatus e escolas de samba.
História
O nome da cidade é derivado do termo tupi ?timbo'ïwa?, que significa "árvore da espuma", uma referência à Stryphnodendron guianense, uma árvore da família das leguminosas, também conhecida como Timbaúva.
O território do atual município pertencia à Capitania de Itamaracá, doada a Pero Lopes de Souza, que se estendia por 89 léguas do litoral, da foz do Rio Santa Cruz (ao sul da Ilha de Itamaracá) até a Baía da Traição, ao norte, chegando ao meridiano de Tordesilhas. No início, a economia era baseada na exploração do pau-brasil. Por volta do século 18, o local recebeu habitantes de Tejucupapo, em Goiana, e do núcleo habitacional de Igarassu.
Na primeira metade do século 19, à margem direita do Rio Capibaribe Mirim, também conhecido como Rio das Capivaras, surgiu um núcleo populacional onde era realizada uma feira. Nas proximidades, havia uma fazenda conhecida pelo nome Árvore de Espuma. O proprietário, o português Antônio José Guimarães, desenvolvia atividades agropastoris e comercializava tecidos e gêneros diversos. Ele impôs a transferência da feira para o pátio de sua fazenda, dando início à formação de um novo povoado.
Com auxílio da população, a esposa do fazendeiro fez construir uma capela em homenagem a Nossa Senhora das Dores e, em 1873, foi criada a paróquia. A emancipação política aconteceu em 1879, quando a localidade foi desmembrada do município de Itambé.
Geografia
A cidade está situada a 102 metros do nível do mar, nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Goiana, cujos principais afluentes são os rios Tiuma, Mulungu, Capibaribe e Cruangi, além dos riachos: Boqueirão, Lopes, Massaranduba, Pindoba e Coité. Os principais corpos de acumulação são os açudes do Alemão, Tavares e Água Azul. Todos os cursos d?água no município têm regime intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
Geologicamente inserido no Planalto da Borborema, o relevo do município é movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados, e os solos variam com a altitude. Nas superfícies suave-onduladas a onduladas, ocorrem os Planossolos, medianamente profundos, fortemente drenados, ácidos a moderadamente ácidos e de fertilidade natural média. Nestas altitudes também ocorrem solos Podzólicos, que são profundos, possuem textura argilosa e fertilidade natural de média a alta.
Nas elevações ocorrem os solos Litólicos, rasos, com textura argilosa e fertilidade natural média. Planossolos, medianamente profundos, imperfeitamente drenados, textura média/argilosa, moderadamente ácidos, fertilidade natural alta e problemas de sais surgem nos vales. Verifica-se ainda afloramentos de rochas.
A vegetação é formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias da região agreste. O clima é tropical, com precipitação pluviométrica que pode chegar a 156 mm em junho e temperatura média anual de 26,5ºC.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Timbaúba e Wikipédia.