Conheça mais sobre Tacaimbó

Tacaimbó é um município do Agreste de Pernambuco, distante cerca de 170 km da capital pernambucana. A cidade está limitada ao norte e a oeste com Belo Jardim, a leste com São Caetano, e ao sul com o município de Cachoeirinha.

A cidade, conhecida como "a terra do maxixe", possui uma área de aproximadamente 228 km² e conta com uma população de 12.843 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. O censo de 2010 apontou que a cidade possuía 12.725 habitantes, sendo a 146ª mais populosa de Pernambuco, com cerca de 56% da população residindo na zona urbana e 44% na zona rural da cidade, segundo a base de dados do Estado de Pernambuco naquele ano.

O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,554, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), de 2019, ocupando o 150º lugar no ranking estadual, segundo dados do IBGE de 2010.

Educação

Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 2.606 alunos matriculados, sendo 451 no ensino infantil, 1.780 no ensino fundamental e 375 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 94,4% e em 2020 a cidade contava com 12 escolas de ensino fundamental e duas de ensino médio. 

A sua nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para os anos iniciais em 2019 não foi divulgada pelo IBGE, mas para os anos finais foi de 4,5, ocupando a 87ª colocação no Estado. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.

Saúde 

Dados do IBGE de 2020 apontaram que a taxa de mortalidade infantil foi de 5,24 óbitos por mil nascidos vivos. Já a taxa de internações por diarreias, em 2016, foi de 0,2 internações por mil habitantes. Em 2010, cerca de 53,6% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com quatro estabelecimentos de saúde ligados ao Sistema único de Saúde (SUS).

Economia

Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 15.517,90 por habitante, o 28ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 28.542.720,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 25.822.950,00. 

As atividades que mais empregam são administração pública em geral, a fabricação de móveis de madeira e de artefatos de cerâmica, cimento e barro cozido para uso na construção. 

Turismo

O artesanato em Tacaimbó é marcado pela produção em ralos de flandre, peças de tenerife e bordados. Os artesãos são organizados em pequenos grupos familiares e escoam a produção na feira da cidade que acontece todo sábado.

O Côco é uma das principais manifestações, reunindo os moradores que dançam e cantam em roda. O ritmo forte da dança serve de inspiração para compositores da cidade que montam seus próprios grupos. 

O São João de Tacaimbó se destaca entre as festas da região, trazendo turistas de várias localidades. É durante as festividades que a dança toma as ruas da cidade junto ao forró. Nesse período, a cidade recebe dezenas de bacamarteiros que comemoram a festa com suas espingardas.

Em setembro é comemorada a Festa do Maxixe, reunindo atrações regionais e nacionais e animando moradores e visitantes da cidade. Outras festividades bastante disputadas são a do Padroeiro santo Antônio, em junho, e da emancipação do município, em dezembro.

História

O nome Tacaimbó é de origem indígena, tendo existido uma tribo com este nome, na Fazenda Itacaité, passando este nome a vigorar no ano de 1945. A criação desta denominação deve-se ao historiador Mário Melo.

A povoação teve início com a vinda do Senhor Luiz Alves Maciel, natural de Água Preta, que se instalou em uma fazenda. Mais tarde com a criação de gado, onde havia vários currais, passou o lugarejo a denominar-se de Curralinho. Pouco tempo depois, ele construiu uma casa no local onde hoje é a Avenida Luiz Alves Maciel, também conhecida como Rua Velha, promovendo o surgimento no entorno de várias casas comerciais e o desenvolvimento do povoado.

Alguns anos depois, foi construída a estrada de ferro da antiga Great-Western (hoje Rede Ferroviária S/A), inaugurada em 25 de dezembro de 1896, tendo o povoado recebido o nome de Antônio Olinto, em homenagem ao engenheiro mineiro que construiu a estação. Com isso, a população passou então a se concentrar mais à margem esquerda do Rio Ipojuca, onde se localiza a estrada de ferro.

Com o crescimento populacional, em 1906, foi erguida uma capela subordinada à Paróquia de Belo Jardim, que depois passou a pertencer à Paróquia de São Caetano. Em 1950, o senhor João Clemente da Silva, sentindo a necessidade de um templo maior para a população, reconstruiu e ampliou a capela, onde hoje é a Igreja Matriz, consagrada a Santo Antônio. 

Assim, o primeiro nome deste município foi Antônio Olinto, passando, depois, para Tacaimbó. Esta mudança se deve ao fato de já existir no Estado de Minas Gerais, outro município com este mesmo nome. A localidade foi elevada à categoria de município com a denominação de Tacaimbó em 30 de dezembro de 1963, desmembrado de São Caetano, instalado no ano seguinte.

Geografia

A cidade está situada a 576 metros do nível do mar, nos domínios da Bacia Hidrográfica dos rios Una e Ipojuca. Seus principais tributários são: o Rio Ipojuca e os riachos: da Onça, do Coutinho, Gravatá, Caxingó e Riachão. Os principais corpos de acumulação são os açudes do Brejo (1.070.347m3), dos Brejos (356.976m3) e da Onça. Todos os cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

O município está inserido na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, formada por maciços e outeiros altos, com altitude variando entre 650 a 1.000 metros. Ocupa uma área de arco que se estende do sul de Alagoas até o Rio Grande do Norte. 

O relevo é geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados. A fertilidade dos solos é bastante variada, com certa predominância de média para alta. A área é recortada por rios perenes, porém de pequena vazão e o potencial de água subterrânea é baixo.

A vegetação é formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias das áreas agrestes. O clima é do tipo Tropical Chuvoso, com verão seco. A estação chuvosa se inicia em janeiro/fevereiro com término em setembro, podendo se adiantar até outubro.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Tacaimbó e Wikipédia.