Educação
Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam 10.791 alunos matriculados, sendo 1.707 no ensino infantil, 7.340 no ensino fundamental e 1.744 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 97,4% e em 2020 a cidade contava com 52 escolas de ensino fundamental e cinco de ensino médio.
A sua avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), em 2019, foi de 4,3 para os anos iniciais e de 4,0 para os anos finais, ocupando respectivamente as colocações 160ª e 146ª no Estado. No ensino superior, o município conta com o Instituto Federal do Sertão Pernambucano.
Saúde
Dados de 2020 do IBGE apontam que a cidade possuía uma taxa de mortalidade infantil de 12,69 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 77ª posição no Estado, enquanto que a taxa de internações por diarreias no ano de 2016 foi de 0,3 por mil habitantes. Em 2010, cerca de 40,1% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com 16 estabelecimentos de saúde ligados ao Sistema único de Saúde (SUS).
Economia
Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 15.507,98 por habitante, o 29º maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 111.225.080,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 87.340.570,00. As principais atividades econômicas estão concentradas no setor de serviços, na indústria e na agricultura.
Turismo
História e natureza estão em diversos pontos de Santa Maria da Boa Vista. Entre as opções que a cidade oferece estão os mirantes com vista privilegiada para o rio São Francisco, e uma paisagem fluvial com sua orla estruturada, além de acesso para várias ilhas com aves e vegetação nativa.
A área urbana é composta por charmosos casarios preservados do século 18, com destaque para o mercado público, erguido em 1918, e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, com sua fachada preservada do século 19. Outras paradas obrigatórias são a Pedra da Mansanzeira e observar o pôr do sol na praça Coronel Luiz de Carvalho, localizada no centro da cidade.
A Vinícola Botticelli, com mais de 500 ha, e conhecida como a mais antiga vinícola da Região do Vale do São Francisco, é outra atração que merece ser visitada, com direito à degustação dos seus vinhos jovens.
Para quem gosta de se aventurar em trilhas, uma boa dica é conhecer o Monte Carmelo, distante 20 km do centro de Santa Maria da Boa Vista. Lá, o turista se depara com duas experiências inesquecíveis: um mirante em um penhasco próximo ao santuário de devoção à Nossa Senhora do Carmo, que oferece uma belíssima vista do Rio São Francisco; e a comunidade quilombola do entorno, formada pelos habitantes do povoado do Serrote.
Entre os atrativos culturais, estão a centenária roda de São Gonçalo, embalada pelo som da viola; o festejo da Serenata da Recordação, que atrai inúmeros turistas anualmente; e a Festa dos Vaqueiros, que normalmente acontece no mês de setembro, e conta com uma alvorada pelas ruas locais, o desfile à cavalo dos vaqueiros, trajando sua tradicional indumentária de couro, e missa ao ar livre.
História
Como outras comunidades do Vale do São Francisco, Santa Maria da Boa Vista foi inicialmente uma fazenda de gado pertencente ao desbravador Garcia D`Ávila. Em 1672 havia várias aldeias indígenas na região, destacando-se a dos Coripós, na ilha de Santa Maria, e a dos Cariris, na ilha do Aracapá. No mesmo ano foi criada a paróquia em homenagem a Santa Maria, sob invocação da Imaculada Conceição.
Denominada inicialmente ?Povoado da Igreja Nova?, a cidade surgiu entre a Serra e o Rio, resultado da colonização dos indígenas das Ilhas do Rio São Francisco, catequizados pelos missionários Franciscanos.
Em 30 de janeiro de 1762, a localidade passou a ser Distrito e em 1872 recebeu o nome de Coripós, denominação dada pelos índios Kiripós, Caripós e Coripós que habitavam o lugar, em alusão ao peixe extraído das locas das pedras submersas nas águas turvas do Velho Chico. Apenas em 1909 foi elevada à categoria de município, recebendo o nome atual em 1943.
Geografia
A cidade está situada a 361 metros do nível do mar, nos domínios da bacia hidrográfica do rio Rio do Pontal e do Grupo de Bacias de Pequenos Rios Interiores. Seus principais tributários são: o Rio São Francisco e os riachos: do Pontal, das Garças, Baixa da Craíba, Baixa da Salina, do Sombrio, Baixa do Cal, do Mel, do Urubu, Tamanduá, do Periquito, Veneza, Pensamento, do Sítio, Contenda, Santana, do Poço d?Anta, entre outros. Os principais corpos de acumulação são as lagoas: de São Miguel, Velha, Pedra Branca, dos Patos, Lagoa da Pedra e Saruê. Todos os cursos d? água no município, à exceção do Rio São Francisco, têm regime de fluxo intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
O município está inserido predominantemente na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja, paisagem típica do semi-árido nordestino, caracterizada por uma superfície de pediplanação bastante monótona, relevo predominantemente suave-ondulado, cortada por vales estreitos, com vertentes dissecadas. Elevações residuais, cristas e/ou outeiros pontuam a linha do horizonte. Esses relevos isolados testemunham os ciclos intensos de erosão que atingiram grande parte do sertão nordestino. A vegetação é basicamente composta por Caatinga Hiperxerófila com trechos de Floresta Caducifólia.
O clima é do tipo Semiárido (Bsh) e os verões são quentes e úmidos, período em que praticamente quase toda chuva do ano cai. Os invernos são mornos e secos, com a diminuição de chuvas; as mínimas dificilmente caem para menos de 15 °C. As primaveras são muito quentes e secas, com temperaturas muito altas, que em algumas ocasiões podem chegar a mais de 40 °C.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista e Wikipédia.