Localizada no extremo norte de Pernambuco e da Região Metropolitana do Recife, Goiana chega a fazer divisa com a Grande João Pessoa e está situada a 62 km da capital pernambucana. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município possui um território de 445,886 km² e a população estimada para o ano de 2020 é de 80.055 pessoas.

O município de Goiana passou por um momento de grande avanço econômico nas últimas décadas. De acordo com um estudo do Sebrae, o ?Perfil Socioeconômico do Território?, desde 2003, a economia da área passou a se beneficiar de novos investimentos, principalmente do segmento industrial, além do setor de construção civil, comércio e serviços. Desde a chegada do Polo Automotivo Jeep, em 2015, foram gerados mais de 800 empregos, segundo o site da empresa.

Dividida em três distritos, Sede, Ponta de Pedras e Tejucupapo, Goiana é uma das cidades mais populosas do Nordeste. O município possui o quinto maior Produto Interno Bruto (PIB) do Estado (R$ 5.152.498,12 mil), conforme levantamento de 2018 do IBGE, e o PIB per capita é o segundo maior de Pernambuco (R$ 115.419,25), atrás apenas de Ipojuca, e 50º maior de todo o País. O Wikipédia aponta, no entanto, que a cidade ocupa a 52ª posição na lista dos municípios mais violentos do país, o que demonstra uma grande questão de desigualdade social no local. 

Os municípios que fazem fronteira com Goiana são Itaquitinga, Igarassu, Itapissuma, Itamaracá, Itambé, Condado, Caaporã, Pitimbu e Pedras de Fogo. A cidade abriga a Ponta do Funil, o ponto continental mais ao leste de Pernambuco, e seu centro histórico foi declarado Patrimônio Histórico Nacional em 1938.

Educação

O censo do IBGE de 2010 demonstrou que a escolarização de crianças de 6 a 14 anos em Goiana ocupava a posição 91 no ranking do Estado, com taxa de analfabetismo de 18,3%. Em 2018, o município contava com 60 escolas voltadas para o ensino fundamental e 10 estabelecimentos de ensino médio.

O município possui 37 escolas municipais, de acordo com o Wikipédia, que também destaca a existência da Faculdade de Ciências e Tecnologias Professor Dirson Maciel de Barros (Fadimab), mantida pela Autarquia de Ensino Superior de Goiana. Fundada em 1979 como Faculdade de Formação de Professores de Goiana, a instituição firmou seu compromisso com a formação de professores reflexivos para suprir a carência de uma prática didático-pedagógica voltada para o Ensino Fundamental e Médio da população. Hoje, há, na Fadimab, cursos de Direito, História, Geografia, Matemática, Ciências Biológicas, Letras e muitos outros.

Saúde

Goiana possui 32 estabelecimentos de saúde, entre eles hospitais, prontos-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos públicos e particulares, conforme indica o IBGE. Entre os hospitais públicos, destaca-se o Belarmino Correia, gerido pelo Governo do Estado. 

Segundo o Instituto, em 2017, a taxa de mortalidade infantil chegou a 10,14 óbitos por mil nascidos vivos. Já em 2016, foram registrados 1,3 internações por diarreia a cada mil habitantes. Comparado com os outros municípios pernambucanos, Goiana fica nas posições 121 e 36 nas respectivas taxas. 

Economia

Com o segundo PIB per Capita mais alto do Estado, a economia de Goiana é marcada pelas indústrias automobilística e farmacoquímica, e pela cultura da cana-de-açúcar. Segundo o Sebrae, o montante dos investimentos em Goiana e entorno para o período de 2003 a 2016 englobou cerca de R$ 18,8 bilhões. O segmento industrial respondeu por 58,2% desses investimentos, o equivalente a R$ 10,96 bilhões. Já o setor industrial automotivo equivalia, à época, a 37,4% dos investimentos da área e respondia por 26,4% dos empregos gerados. 

Além do Polo Automotivo Jeep, que engloba uma série de fábricas, destacam-se também estabelecimentos industriais do polo vidreiro e o polo farmacoquímico e de biotecnologia. A unidade principal deste último é a fábrica de hemoderivados Hemobrás, cujas instalações foram iniciadas em 2009.

De acordo com o IBGE, em 2018, o salário médio mensal da população goianense era de 2,5 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 28.9%. Na comparação com os outros 185 municípios do Estado, Goiana ocupa as posições 4 e 8, respectivamente. 

Turismo

A cidade está localizada na Bacia Hidrográfica do Rio Goiana, possui um clima tropical e conta com diversas praias, que são destinos turísticos da população do Estado. Ao todo, seis praias ocupam a orla marítima do município, cuja extensão é de 18 km. 

O local mais famoso do litoral goianense é a Praia de Ponta de Pedras, onde fica a Ponta do Funil. De acordo com o Wikipédia, algumas das áreas litorâneas preservam vegetação nativa da Mata Atlântica, como Tabatinga e Barra de Catuama. Já a de Atapuz é mais frequentada por pescadores, onde se podem ver peixes-boi. Ao norte da foz do Rio Goiana, podem ser vistos manguezais e alagamentos e, ao sul, fica o Riacho Doce, que já foi palco das filmagens de uma minissérie da Rede Globo com o mesmo nome.

Patrimônio Histórico Nacional desde o ano de 1938, o Centro Histórico da cidade possui oito igrejas seculares monumentais, além de diversos prédios tombados. A falta de conservação desse patrimônio, no entanto, tem sido alvo de críticas da grande imprensa. 

Outro ponto turístico marcante do local é o Restaurante Buraco da Gia, criado por Luiz Moraes há mais de 50 anos. No estabelecimento, caranguejos adestrados de patas imensas impressionam os visitantes, pois eles chegam a segurar copos, puxar carrinhos com cervejas e abrir garrafas. O restaurante já foi frequentado por nomes como Juscelino Kubitschek, Gilberto Freyre, Chacrinha, Assis Chateaubriand, entre outros. Além disso, o Buraco da Gia já foi tema de matérias de vários veículos de comunicação , inclusive o The New York Times.

Cultura

Goiana se notabiliza por ser a sede das duas bandas mais antigas em atividade da América Latina, a Sociedade Musical Curica, fundada em 1848, e a Banda Saboeira, formada no ano seguinte. Os grupos chegaram a se apresentar para o imperador Dom Pedro II em 1859 e até hoje mantêm ensaios periódicos e fazem shows tanto em eventos públicos como privados. 

Na cidade, assim como em todo o litoral norte pernambucano, também há forte presença da ciranda, dança solar e praieira a partir de cantigas e versos improvisados pelos mestres cirandeiros. De acordo com o Wikipédia, os instrumentos básicos de uma ciranda são o ganzá, o bombo e o caixa, mas também podem ser usados a cuíca, o pandeiro, a sanfona e alguns instrumentos de sopro.

Um importante equipamento cultural goianense é o Cine-Teatro Polytheama, construído no ano de 1914, sendo desativado na década de 1980. Em 2011, o cinema foi reativado a partir de uma iniciativa da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, com uma reforma de R$ 1,2 milhão. Com a renovação, o local passou a contar com 220 lugares para o público.

Em Goiana, há três feriados municipais: o Dia de elevação de Goiana a município, 5 de maio, o Dia da Padroeira Municipal, Nossa Senhora do Rosário, 7 de outubro, e o Dia da Padroeira Estadual, Nossa Senhora da Conceição, comemorado em 8 de dezembro.

História

O site Wikipédia traz uma profunda contextualização histórica a respeito do município de Goiana. Como uma das principais produtoras de cana-de-açúcar no Estado, a cidade foi palco de diversos marcos da História do Brasil desde o período da sua colonização. Antes da chegada dos europeus, a localidade já era habitada por indígenas, mas a principal tese sobre a origem da cidade é a de que ela surgiu quando o português Diogo Dias fundou o Engenho Recuzaém. 

De acordo com o Wikipédia, o Rio Goiana, que corta a cidade, abrigava um importante porto, responsável por escoar a produção do local no período colonial. À época, o município foi sede da capitania de Itamaracá e foi considerado a segunda cidade mais importante de Pernambuco.

Um grande momento para o município foi a visita do imperador do Brasil Dom Pedro II em 1859. Segundo o site, o monarca foi acompanhado de uma comitiva com cerca de quinhentos cavaleiros. Várias pessoas das regiões vizinhas foram ao local atraídas pela importância do visitante.

Com sua história intimamente ligada aos engenhos da região, Goiana foi palco da Batalha das Heroínas de Tejucupapo (1646), da Revolução Pernambucana (1817), da Confederação do Equador (1824) e da Revolução Goianense (1825). A vila se tornou oficialmente município em 3 de agosto de 1892 e teve como seu primeiro prefeito Belarmino Correia de Oliveira. Já na década de 1880, a cidade foi ponto de resistência pela abolição da escravatura.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Goiana e Wikipédia.