Conheça mais sobre Floresta

Segundo maior município pernambucano, Floresta possui uma área de 3.644 km², perdendo em território apenas para Petrolina. A cidade está a 438 km de distância do Recife, localizada no Sertão do Estado, na Mesorregião do São Francisco e Microrregião de Itaparica. 

Segundo estimativa de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Floresta possui uma população de 33.184 habitantes, ocupando o 64º lugar no ranking populacional do Estado. Em 2018, o município atingiu o 48º maior Produto Interno Bruto de Pernambuco, com o PIB per capita chegando ao 44º lugar. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, medido em 2010, é considerado médio (0,626).

A cidade faz fronteira ao norte com os municípios de Serra Talhada, Betânia e Custódia; ao sul, com Petrolândia, Tacaratu e o Estado da Bahia; ao leste, com Custódia e Inajá; e, a oeste, com Carnaubeira da Penha, Belém do São Francisco e Itacuruba. O aeroporto mais próximo é o Aeroporto de Petrolina - Senador Nilo Coelho, que fica a 280 km do local.

O município é dividido administrativamente em três distritos, Floresta (sede), Airi e Nazaré do Pico, e conta com os bairros Alto da Ermida, Caetano I, Caetano II, Centro, Cohab, DNER, Parque das Caraibeiras, Santa Rosa, Três Marias, Vulcão e Matadouro. 

De acordo com dados do Wikipedia, o Poder Executivo florestano está no seu 47º mandato. Já o Poder Legislativo, com sede na Câmara Municipal de Floresta, Casa Benício Ferraz, conta com 13 vereadores.

Educação

O site oficial da Prefeitura de Floresta indica que a pasta destinada a desenvolver o planejamento do Sistema Municipal de Educação é a Secretaria de Educação, Cultura, Turismo e Esportes. Segundo a gestão do município, as ações da secretaria devem exercer, orientar e coordenar as atividades culturais, esportivas, de lazer e turismo na cidade, sempre em consonância com as normas e diretrizes do Ministério da Educação.

Dados do IBGE apontam uma taxa de escolarização de 95,6% de crianças de 6 a 14 anos de idade. De acordo com o Instituto, em 2018, havia 45 escolas de ensino fundamental e oito estabelecimentos de ensino médio. No ano anterior, foi calculado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da Rede Pública, que atingiu 4,7 nos anos iniciais do ensino fundamental e 4,3 no anos finais.

Saúde

À Secretaria Municipal de Saúde, o site da Prefeitura de Floresta atribui o dever de desenvolver programas, projetos e atividades que visem à melhoria da saúde da população, por meio de assistência médica, odontológica, sanitária e de saúde coletiva. Segundo o último levantamento do IBGE, feito em 2009, há oito estabelecimentos do Sistema Único de Saúde no local.

Dados do IBGE apontam ainda que a taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 8,25 para 1.000 nascidos vivos e as internações devido a diarreias são de 0,3 para cada 1.000 habitantes. No ranking estadual, Floresta está nas posições 137 e 128, respectivamente.

Economia

A Prefeitura de Floresta destaca a pecuária, com a cadeia produtiva da caprino-ovinocultura, como base do desenvolvimento econômico e social do município. O Banco de Dados do Estado de Pernambuco (Condepe), inclusive, aponta a cidade como a detentora do maior rebanho de caprinos do Estado e o segundo maior rebanho de ovinos.

Em Floresta, também existem a agricultura de subsistência, a agricultura irrigada e a pesca artesanal, nas margens do Rio Pajeú, do Riacho do Navio e do Lago de Itaparica. De acordo com a gestão municipal, também está em andamento um projeto para a exploração de depósitos de minério de ilmenita para produção de dióxido de titânio.

Cultura e Turismo

Segundo o site Wikipedia, o bairro do Vulcão é o mais cultural de Floresta. Lá, atua o Instituto Cultural Raízes e há quatro grupos culturais: o Maracatu Afrobatuque, o Afoxé Filhos de N'Zambi, o Grupo Dandara e o Grupo Cultural Sou da Terra. Também no bairro, reside um dos maiores sanfoneiros do município, Pedro Euzébio, e deu-se origem a uma importante banda de pífano da cidade, liderada pelo músico Elias de Flora. 

Floresta é berço do Riacho do Navio, que nasce na Serra das Piabas. Sendo o mais importante afluente do Rio Pajeú, ficou conhecido nacionalmente devido à composição homônima do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, em parceria com Zé Dantas. O riacho se destaca historicamente por ser o berço do povoamento do município, além da sua influência na economia local. Já o Rio Pajeú é o principal afluente do Rio São Francisco em solo pernambucano. Ele margeia a sede do município e favorece o desenvolvimento da agricultura e da pecuária de Floresta. Ambos se tornaram ponto turístico da cidade.

O Cemitério Público São Miguel, inaugurado em 1903, também foi tema de uma majestosa obra artística. O poeta João Cabral de Melo Neto comparou o conjunto de grandes torres e túmulos do local à cidade de Constantinopla, atual Istambul, no poema ?Cemitério Pernambucano - Floresta do Navio?. ?Antes de se ver Floresta/ se vê uma Constantinopla/ Complicada com barroco gótico/ E com cenário de Ópera /É o cemitério?, dizem os primeiros versos.

No Carnaval, sai o Bloco Carnavalesco Unidos da Santana e, nas festas juninas, apresentam-se as quadrilhas Jovem Esperança e Criança Esperança. No artesanato, são produzidos o crochê, o bordado, a renda de bilro, a tecelagem e o couro.

Conjunto Arquitetônico

Numa autêntica mistura de estilos, que intercala harmonicamente neoclassicismo com barroco, e com alto grau de conservação, a área central do município possui edificações que datam do final do século 19 e início do século 20.

Entre os templos religiosos de destaque do município, estão a Catedral do Bom Jesus dos Aflitos, a maior igreja da cidade; a Capela Nossa Senhora Aparecida, localizada à margem do rio; a Igreja da Ermida, que fica no alto de uma colina; e a Igreja Nossa Senhora do Rosário, a primeira da cidade.

História

A região de Floresta estava ocupada inicialmente por povos indígenas, que foram catequizados pelas primeiras missões dos jesuítas e capuchinhos franceses. Segundo dados do IBGE e da Prefeitura de Floresta, depois disso, por volta do início do século 18, surgiram as fazendas Curralinho e Paus Pretos. 

Foi na segunda metade do século 18, entretanto, que a povoação da cidade teve início realmente, na Fazenda Grande, localizada à margem direita do Rio Pajeú. O lugar servia de curral temporário para o gado que chegava da Bahia.

Em 1777, o proprietário da Fazenda Grande, capitão José Pereira Maciel, mandou construir um oratório particular, que, junto à proximidade com o rio, atraiu a população da vizinhança, fazendo surgir o povoado do Senhor Bom Jesus dos Aflitos da Fazenda Grande em seu entorno. O templo se tornou o que, hoje, é a atual Capela do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. 

Segundo a Prefeitura de Floresta, o povoado foi elevado à categoria de vila em 1846. Três anos depois, como sanção por sua participação ativa na Revolução Praieira, a Vila da Floresta foi incorporada ao povoado de Tacaratu. Contudo, em 1864, o Termo da Comarca foi restaurado.

O primeiro prefeito da Vila de Floresta foi o tenente-coronel Fausto Serafim de Souza Ferraz, que assumiu em 1892, após a proclamação da República. Apenas em 20 de junho de 1907, através da Lei Estadual n° 867, foi elevada à categoria de cidade.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Floresta e Wikipédia.