Conhecido como "Terra de Luiz Gonzaga", o Rei do Baião, o município de Exu está localizado na divisa entre os estados de Pernambuco e Ceará, na região do Sertão do Araripe. No local, que possui uma população estimada em 31.766 pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há bastante cultura e belezas naturais.
O Produto Interno Bruto (PIB) da cidade no ano de 2017 foi de R$ 238.222.000, ocupando o 76º lugar no ranking pernambucano; já o PIB per capita totalizou, em 2018, R$ 8.417,20, ficando no 122º lugar. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, medido em 2010, chegou a 0,576, um nível considerado médio.
Com 1.336,786 km², o município tem o 20º maior território do Estado e está inserido na bacia hidrográfica do Rio Brígida, com predominância do bioma da Caatinga. Além do Ceará, Exu faz divisa com os municípios de Granito ao sul, Moreilândia ao leste e Bodocó a oeste, ficando a 617,6 km de distância do Recife. Administrativamente, a cidade possui o distrito sede e os distritos de Zé Gomes, de Timorante, das Tabocas e da Viração.
Educação
De acordo com o último levantamento do IBGE, de 2017, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de Exu registrou 5,1 pontos para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental (colocação em 45º no Estado e 3607º no país) e 4 pontos para os Anos Finais do Ensino Fundamental (87º no Estado e 3609º no país). O Ideb avalia o fluxo escolar e as médias de desempenho para medir a qualidade do aprendizado e estabelecer metas para melhoria do ensino.
A taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade em Exu, medida pela última vez em 2010, é de 95,2%. Já o último levantamento de matrículas e docentes na rede pública foi feito em 2018. O IBGE contou 5.525 matrículas e 300 docentes no ensino fundamental e 1.440 matrículas e 78 docentes no médio. No mesmo ano, foram registrados 46 estabelecimentos de ensino fundamental e três escolas de ensino médio.
Saúde
No município, o IBGE informa que a taxa de mortalidade infantil média em 2017 é de 17,13 para mil nascidos vivos, estando na 45ª posição na comparação com outras cidades do Estado e na 1511ª no ranking brasileiro. As internações devido a diarreias são de 1,4 para cada mil habitantes. Com relação a isso, Exu fica nas posições 45 e 1967, respectivamente. Segundo o Instituto, o município conta com 14 unidades de saúde públicas.
Cultura e Turismo
Exu se orgulha de seus filhos ilustres. Luiz Gonzaga (1912-1989) é o cidadão exuense mais famoso da história, tendo feito sucesso internacional e, mesmo após sua morte, faz lembrar o nome da cidade. O cantor e compositor foi o responsável por tornar a cultura popular nordestina conhecida no país e no mundo, com letras sobre a vida no Sertão e melodias de baião, xote, forró e xaxado.
Outra cidadã histórica do município foi Bárbara de Alencar (1760-1832). Segundo o site Wikipedia, ela foi uma comerciante e revolucionária, considerada a primeira presa política do Brasil. A heroína da Revolução Pernambucana e da Confederação do Equador teve os bens da família confiscados, além de ter sido presa e torturada numa das celas da Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção no início do século 19. Era mãe dos também revolucionários José Martiniano Pereira de Alencar e Tristão Gonçalves, avó do escritor José de Alencar e quinta avó do escritor Paulo Coelho. Seu túmulo está em processo de tombamento.
Pontos turísticos
A cidade possui locais temáticos e referências a Luiz Gonzaga. A principal parada fica no Parque Asa Branca, localizado na antiga fazenda do cantor. Lá, estão o Museu e Mausoléu do Rei do Baião, que contam sua história por meio de um rico acervo fotográfico, peças de vestuário e seu famoso fole de ouro.
No município, há também o Santuário Ecológico do Cantarino, com paisagens da Chapada do Araripe, e a Antiga Casa Grande do Sertão, a mais antiga construída na cidade, datada do século 18. Esta última foi o local onde nasceu a heroína local Bárbara de Alencar.
História
De acordo com o site do IBGE, a povoação de Exu teve início nos primeiros anos do século 18. Juntaram-se os moradores da aldeia indígena de Ançu, da nação dos Cariris, os habitantes da Fazenda da Torre, vindos da Bahia, e alguns jesuítas, que construíram uma capela para o Senhor Bom Jesus dos Aflitos, padroeiro da cidade.
No ano de 1734, foi fundada a freguesia do Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Exu. Em 1846, o povoado foi elevado à categoria de vila. A localidade já fez parte dos municípios de Ouricuri, Cabrobó e Granito até que, em 1885, o município foi instalado e passou a ser autônomo em 1893. Após sua supressão dois anos depois, foi restaurado em 1907, com nome de Novo Exu. Seu nome foi modificado para Exu, segundo o IBGE, em 1938.
Sobre o nome da cidade, existe a versão decorrente de uma corruptela da palavra Ançu. Há também a afirmação de que o nome seja uma referência à abelha enxu ou inxu, muito comum na região naquele tempo. O site Wikipedia chama a atenção para o fato de que dificilmente suas origens se deem pela menção ao orixá de mesmo nome, pois a vila foi criada por colonos portugueses. Ainda de acordo com o Wikipedia, a emancipação do município data de 10 de junho de 1907, e seu aniversário é comemorado no dia 8 de setembro.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Exu e Wikipédia.