Cedro, também conhecido como a "Capital do Milho", é um município de Pernambuco e está localizado no Sertão do estado. Possui uma população estimada em 11.891 habitantes (2020) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Inicialmente apenas uma fazenda, Cedro passou a distrito do município de Serrita e, finalmente, foi emancipado politicamente em 20 de dezembro de 1963. O novo município teve como patrono o coronel Francisco Filgueira Sampaio (Chico Romão) e, como primeiro prefeito, Gumercindo da Silva Bem.

Educação

Conforme o último levantamento publicado pelo IBGE (2017), o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município registrou 4,9 para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental (colocação em 66º no Estado e 3882º no país) e 4,4 para os Anos Finais do Ensino Fundamental (46º no Estado e 2688º no país), ambos os indicadores da rede pública. O Ideb é utilizado para medir a qualidade do aprendizado e estabelecer metas para melhoria do ensino, avaliando o fluxo escolar e as médias de desempenho. Ainda segundo o IBGE, em 2018, Cedro dispunha de 14 escolas para o ensino fundamental e duas para o ensino médio.

Saúde

O IBGE informou que a taxa de Mortalidade Infantil média (2017) na cidade é de 14,18 óbitos para 1.000 nascidos vivos (colocação em 68º no Estado e 2089º no país) e as Internações por Diarreias (2016) são de 2,8 para cada 1.000 habitantes (14º no Estado e 1211º no país). No ano de 2009, o município possuía oito estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS, também de acordo com o IBGE. 

Economia

Outro levantamento do IBGE mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) de Cedro foi de R$ 87.537 mil em 2017, o 163° em Pernambuco. O valor do Produto Interno Bruto per capita foi de R$ 7.485,06 no mesmo ano (143º no estado). Já o último IDHM divulgado pelo Instituto (2010) aponta 0,615 (classificado como médio) para esse município.  

História

De acordo com o site Wikipédia, durante o século XIX, o local onde hoje se encontra o município era uma região de caatinga. Aos poucos, a região foi sendo ocupada pela expansão da pecuária e propriedades se espalharam pelo sertão. Nessa época, chegaram as famílias Leite e Inácio. Os Inácios eram oriundos de Serra Talhada e os Leite vinham do vizinho estado da Paraíba.

A propriedade que deu origem ao povoado de Cedro pertencia a Joaquim Inácio Leite, pai de Manoel Joaquim Leite. Era uma típica fazenda do sertão: havia o canavial, a casa de farinha, o curral de gado e o engenho, localizado onde hoje é a rua do Engenho Velho. A fazenda logo se tornou um ponto de parada dos viajantes que vinham de Cabrobó para comercializar em Jardim e no Crato. Em 1913, Manoel Joaquim Leite construiu a primeira capela da cidade, nas proximidades da atual Igreja da Matriz.

Francisco de Assis Leite, conhecido como Chico Leite, seguiu os passos de seu pai, Manoel Joaquim Leite, que fora político e vereador. Chico Leite tornou-se um dos mais importantes personagens da história da cidade. Assim como o pai, que construiu a primeira capela, Francisco Leite também edificou uma capela na pequena vila, no local onde hoje está a praça da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Ele foi também o responsável pela construção do primeiro prédio da Igreja Matriz. 

No início, havia apenas quatro edificações na pequena vila:

A capela, onde hoje se encontra a Igreja Matriz;

A casa de Manoel Joaquim Leite, onde hoje se encontra a casa do seu filho, Mário Leite;

Um engenho, onde hoje se encontra a Rua do Engenho Velho;

A casa de Francisco Leite, onde hoje se encontra o Supermercado de Marielton.

Fundador

Manoel Joaquim Leite nasceu em 1870 e faleceu em 1929. Era filho de Joaquim Inácio Leite e de Joaquina Jacinta de Vasconcelos. Foi professor, agrimensor, agricultor e vereador pelo município de Serrita.

Sua residência servia de abrigo para tropeiros, romeiros e viajantes que se dirigiam ao Ceará, principalmente a Juazeiro do Norte. Na casa também funcionava uma escola, onde ele mesmo ensinava. Além disso, antes de ser construída a primeira capela, ali eram celebradas missas. Isso voltou a ocorrer quando a primeira primeira capela foi demolida, até que a segunda fosse construída.

O casarão era ladeado por uma bolandeira (descaroçadeira de algodão), ao norte, e por uma casa de farinha, ao sul - ambas de propriedade de Manoel Joaquim Leite. Também era de sua propriedade um engenho de cana que ficava localizado nas proximidades da atual Rua do Engenho Velho, daí o nome. Manoel Joaquim construiu a primeira capela, que foi consagrada pelo Padre Sizenando, em 1913, e um cemitério, em 1916.

Geografia

O município está incluído na área geográfica do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Essa definição tem como critérios o índice pluviométrico inferior a 800 mm, o índice de aridez até 0,5 e o risco de seca maior que 60%. 

Cedro está localizado na unidade geoambiental dos Maciços e Serras Baixas. A paisagem que predomina nesta região é a Caatinga, típica do semiárido. O semiárido tem duas estações: a seca, que se prolonga de junho a dezembro, e a chuvosa, entre janeiro e maio. Durante a estação seca, a paisagem ganha a cor cinza, pois as árvores deixam as folhas caírem para economizar água. Logo que chegam as primeiras chuvas tudo fica verde novamente.

Hidrografia 

Cedro está na área da bacia hidrográfica do rio Terra Nova, cujos principais afluentes são os riachos do Meio e da Gameleira, todos de regime intermitente. O açude Barrinha era a principal fonte de água para a população. Inicialmente, a capacidade de acumulação do açude era de 1.960.000 m³. Hoje, o município é abastecido através de poços artesianos, tanto na área urbana, quanto na maior parte da área rural, devido ao enorme potencial hídrico subterrâneo existente no município.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Cedro e Wikipédia.