Educação
Conforme o último levantamento publicado pelo IBGE (2019), o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município registrou 3,8 para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental (colocação em 183º no Estado e 5307º no país) e 3,9 para os Anos Finais do Ensino Fundamental (155º no Estado e 4225º no país), ambos os indicadores da rede pública. O Ideb é utilizado para medir a qualidade do aprendizado e estabelecer metas para melhoria do ensino, avaliando o fluxo escolar e as médias de desempenho. Ainda segundo o IBGE, em 2020, Barreiros dispunha de 41 escolas para o ensino fundamental e 8 para o ensino médio.
Saúde
O IBGE informou que a taxa de Mortalidade Infantil média (2019) na cidade é de 15,13 para 1.000 nascidos vivos (colocação em 62º no Estado e 1899º no país) e as Internações por Diarreias (2016) são de 0,3 para cada 1.000 habitantes (128º no Estado e 3907º no país). O município conta com 13 unidades de saúde pública (2009).
Economia
O PIB per capita de Barreiros atingiu o valor de R$ 9.993,08 em 2018, segundo o IBGE.
Depois da decadência da Usina Central Barreiros em 1997, a cidade passou por uma séria dificuldade econômica, pois a indústria açucareira era a principal fonte de renda do município. Posteriormente, operários que trabalharam na Usina empossaram-se dos morros onde era cultivada a cana-de-açúcar que servia de matéria prima para a Usina, e começaram o cultivo artesanal de raízes, legumes, hortaliças e frutíferos a serem vendidos na feira livre da cidade.
Atualmente, Barreiros é de longa e rica escala econômica, comparando-se às cidades circunvizinhas. Seu comércio ganhou modernas lojas e é demandado por pessoas da região sul litorânea pernambucana e, até mesmo do litoral norte alagoano.
História
Barreiros foi formada através de uma aldeia cujo chefe descendia de Filipe Camarão (um dos líderes da restauração pernambucana). Os Caetés foram os primitivos habitantes das terras em que se iria formar o município.
O nome Barreiros surgiu das escavações feitas no solo, que era de barro vermelho, pelos porcos Caiutus, muito abundantes no lugar.
A paróquia de Barreiros, que teria o mesmo padroeiro da aldeia de Una, São Miguel Arcanjo, foi criada por ato da mesa de consciência e ordem no ano de 1786. Durante o paroquiato do Padre Batista Soares, em 1846, foi extinta a paróquia de Barreiros, sendo restaurada em 1859, com os mesmo limites. A primeira pedra foi lançada em 1849, mas não foi possível apurar-se a data da conclusão da igreja matriz. Paralelamente ao rio Una,, surgiu a Rua Estrada Nova, nome que indica a sua origem.
A Lei Provincial nº 314, de 13 de maio de 1853, criou o termo de guerreiros elevando-o à categoria de vila, com território desmembrado de Rio Formoso, com freguesia de Água Preta, verificando-se a instalação de município em 19 de julho de 1860; a lei estadual nº 38, de 3 de julho de 1860, elevou a vila de Barreiros a categoria de cidade, tornando-se autônomo.
O primeiro dos melhoramentos foi a instituição do ensino oficial, com a criação em 1855 de uma escola primária. O local era destinado exclusivamente ao sexo masculino e o seu primeiro professor, nomeado pelo presidente da província José da Cunha Figueiredo, foi o mestre Tranquilino da Cruz Ribeiro.
A Lei estadual nº 38, de 3 de julho de 1892, sancionada pelo governador Barbosa Lima, elevou a vila de Barreiros à categoria de cidade.
Já nos fins do século XIX, o lugar se havia desenvolvido consideravelmente, tanto que, ao ser criado o município de Barreiros em 1892, São José da Coroa Grande veio a ser o segundo distrito municipal.
Partindo da praça do mercado surgiu a Rua do Comércio, a mais importante da cidade. Por ocasião da visita pastoral do bispo D. Luiz de Brito, em 1989, essa rua passou a se chamar Rua Dom Luiz, correspondendo atualmente à Rua Ayres Belo.
O primeiro prefeito do município dos Barreiros foi o advogado Dr. José Nicolau Pereira dos Santos e o subprefeito foi o então senhor de engenho André Alves Cavalcante Camboim, filho do Barão de Buíque.
Quando o povoado se transferiu para as margens do Una e Carimã, conservou o nome dos dois povoados que se dividiram entre Barreiros Velho e Barreiros Novo. Extinto o primeiro povoado, o segundo passou a ser chamado de Barreiros.
Especialmente a partir do ano de 1908, acontecimentos em Barreiros incluíram a chegada do trem de ferro e a construção sobre o Una da ponte Estácio Coimbra.
Geografia
O território municipal, segundo o IBGE, é de 233,433 km², estando a cerca de 102 quilômetros do Recife.
Os municípios limítrofes são Tamandaré, ao norte; São José da Coroa Grande, Jacuípe (AL) e Maragogi (AL), ao sul; e Água Preta, á oeste.
Cultura, Turismo e Lazer
O Turismo Alternativo é predominante na região, pois existe uma demanda heterogênea de pessoas que buscam sossego e marasmo, tanto no campo quanto no litoral da cidade que faz parte da APA Guadalupe (Área de Proteção Ambiental de Guadalupe), que incorpora mais outras quatro cidades vizinhas.
Praia do Porto: composta por uma ilha rochosa bastante singular e curiosa, que contém apenas um coqueiro sobre si, popularmente conhecida como ?ilha do coqueiro solitário?. A praia localiza-se a 7 km do centro da cidade, ao longo do trajeto se encontra resquícios de Mata Atlântica, oportuno para trilhas e observação de pássaros; a costa tem-se uma extensão de 4,5 km, que se divide entre as praias de Mamucabinha ao norte, Praia do Porto no centro e Val do Una ao sul.
No Turismo Rural, pode ser feita uma visita às bicas e às cachoeiras, e provar as comidas típicas da região, além disso conhecer os Engenhos da cidade.
Já no Turismo Religioso, tem a Paróquia de São Miguel Arcanjo (Igreja Matriz) construída no Século XVII, destacando a influência da arquitetura portuguesa no município, junto com a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja de São José Operário.
Além disso, tem a tradicional trilha até o Morro de São Gonçalo, que é outra atividade que impulsiona o turismo da cidade.
Fontes: IBGE e Wikipédia.