Conheça mais sobre Abreu e Lima

Apresentação

Abreu e Lima é um município pernambucano, distante 19 quilômetros da capital e pertencente à Região Metropolitana do Recife.

A sua população foi estimada em 100.346 habitantes, conforme dados do IBGE de 2020. Abreu e Lima é o 13º município mais populoso de Pernambuco, o 18º mais rico (PIB) e o 10º em qualidade de vida (IDH-M).

Os municípios vizinhos são Araçoiaba, Paudalho, Paulista e Igarassu.

Educação

Conforme o último levantamento publicado pelo IBGE (2017), o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município registrou 4,5 para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental (colocação em 117º no Estado e 4409º no país) e 4,1 para os Anos Finais do Ensino Fundamental (74º no Estado e 3402º no país), ambos os indicadores da rede pública. O Ideb é utilizado para medir a qualidade do aprendizado e estabelecer metas para melhoria do ensino, avaliando o fluxo escolar e as médias de desempenho. Ainda segundo o IBGE, em 2018, Abreu e Lima dispunha de 65 escolas para o ensino fundamental e 13 para o ensino médio.

Saúde

O IBGE informou que a taxa de Mortalidade Infantil média (2017) na cidade é de 7,24 para 1.000 nascidos vivos (colocação em 147º no Estado e 3696º no país) e as Internações por Diarreias (2016) são de 0,5 para cada 1.000 habitantes (93º no Estado e 3330º no país). De acordo com o Wikipédia, o município conta atualmente com 31 unidades de saúde públicas (hospitais, clínicas, ambulatórios e postos).

Economia

O PIB per capita de Abreu e Lima atingiu o valor de R $17.320,77 em 2018, segundo o IBGE. A atividade econômica predominante é o setor de serviços, seguido pelo industrial e a agricultura, respectivamente. 

Abreu e Lima tem um variado comércio e um crescente parque industrial, onde abriga empresas multinacionais como Fastfoold (ração), Quartizolit (argamassa) e Bombril (limpeza e alimentícios).

História

A história de Abreu e Lima teve início em 1535, quando a área onde o município se encontra começou a ser povoada por Duarte Coelho, donatário da capitania de Pernambuco, que a dividiu em sesmarias. Em 1540 foi doada a Sesmaria de Jaguaribe a Vasco Fernandes Lucena.

Em 1548, Vasco Fernandes, que era o almoxarife-mor de Pernambuco, fundou o Engenho Jaguaribe, dando início ao povoado que deu origem ao município. Em 1591, a ordem religiosa dos beneditinos chegaram às terras de Jaguaribe. Em 1660, o mosteiro de São Bento em Olinda toma posse de Jaguaribe. Em 1674, registros mostram que o Engenho Jaguaribe estava em ruínas.

Em 1784, foi celebrado na Capela de São Miguel em Inhamã, um casamento onde se constava que os noivos eram residentes em Maricota. A origem do nome Maricota se deve à uma senhora proprietária de um comércio à beira da estrada, onde atualmente fica o encontro da Av. Capitão José Primo com a BR 101.

Em Abril de 1812, o inglês Henry Koster toma posse do Engenho Jaguaribe. Sua passagem foi registrada em seu livro: "Viagens ao Nordeste do Brasil", traduzida pelo historiador Câmara Cascudo. 

Foi no povoado de Maricota, onde se deu no dia 10 de novembro de 1848, a primeira batalha da Revolução Praieira, que havia sido deflagrada três dias antes na cidade de Olinda. No dia 4 de dezembro de 1859, o Imperador Dom Pedro II visita Maricota depois de pernoitar no Engenho Monjope. 

Até então, as terras de Maricota pertenciam à parte de Igarassu e Olinda. Quando em 11 de setembro de 1928 é criado o município de Paulista e Maricota é incorporado ao novo município no dia 4 de setembro de 1935. 

O distrito foi criado pelo Decreto-lei Estadual n° 235, de 9 de dezembro de 1938, pertencendo ao município de Paulista (Pernambuco). A povoação recebeu o nome de dona Maricota, muito bem relacionada entre os habitantes locais e proprietária de um estabelecimento de serviço de alimentação. 

Durante anos, o povoado foi um local acolhedor, principalmente para homens de negócios que ali paravam para refeições ou pernoite. 

Pela Lei Estadual n° 421, de 31 de dezembro de 1948, ano do centenário da Revolução Praieira, o distrito de Maricota recebeu o topônimo de Abreu e Lima em homenagem a José Inácio de Abreu e Lima, político, escritor, jornalista e general, o "Inácio pernambucano", que lutou quatorze anos ao lado de Simón Bolívar, um dos heróis da independência da Venezuela.

A Lei Estadual n° 4.993, de 20 de dezembro de 1963, elevou o distrito à categoria de município, o qual foi extinto em 27 de agosto de 1964 pelo Acórdão do Tribunal de Justiça, mandado de segurança n° 56.889. Em 14 de maio de 1982, a Lei Estadual n° 8.950 elevou novamente Abreu e Lima à categoria de município, desmembrado de Paulista, com sede no antigo distrito, tendo sido instalado em 31 de março de 1983.

Geografia

O território municipal, segundo o IBGE, é de 126.193 km², estando a cerca de 19 km de Recife, cujo acesso é feito pela PE-15 e BR-101 Norte. Os municípios limítrofes são Igarassu e Araçoiaba ao norte; Paulista ao sul e ao leste; e Paudalho a oeste.

Abreu e Lima encontra-se inserido nos domínios das Sub-Bacias Hidrográficas dos Rios Catucá, Pilão, Bonança, Utinga e do Barro Branco.

A vegetação nativa municipal é a mata atlântica, composta por florestas sub-perenifólias, com partes de floresta sub-caducifólia.

Cultura, Turismo e Lazer

Pontos turísticos 

Igreja de São Bento: Fundada em 1660 no povoado de São Bento. Tem estilo barroco;

Forno do Cal: Localizado no estuário do Rio Timbó, destacou-se em meados do século passado produzindo cal para a lavoura de cana-de-açúcar;

Porto Jatobá: a referência mais antiga relacionada a esta colônia de pescadores é de 1647. É localizada na área de preservação rigorosa da reserva ecológica São Bento

O turismo em Abreu e Lima é representado pelo Ecoturismo. O município desfruta de duas estações ecológicas: Timbó e a Reserva Ecológica de São Bento. Além delas, Caetés, apesar de pertencer a Paulista, abrange e privilegia a comunidade abreulimense;  Os três ambientes apresentam mangues virgens, trechos de rios, trilhas e mata atlântica conservada.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Abreu e Lima e Wikipédia.