Educação
Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 2.986 alunos matriculados, sendo 434 no ensino infantil, 1.939 no ensino fundamental e 613 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 97% e em 2020 a cidade contava com 17 escolas de ensino fundamental e duas de ensino médio.
A sua nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), em 2019, foi de 5,4 para os anos iniciais e 4,1 para os anos finais, ocupando as 50ª e 135ª colocações no Estado, respectivamente. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.
Saúde
Dados do IBGE de 2019 apontaram que a taxa de mortalidade infantil foi de 29,59 óbitos por mil nascidos vivos. Já a taxa de internações por diarreias, em 2016, foi de 0,3 internações por mil habitantes. Em 2010, cerca de 8,6% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com três estabelecimentos de saúde ligados ao Sistema único de Saúde (SUS).
Economia
Dados do IBGE de 2018 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 6.988,20 por habitante, o 177ª maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 38.229.660,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 31.283.890,00.
A cidade apresenta uma economia baseada na agricultura variada com produção de feijão, milho, mandioca e cana de açúcar, como também na apicultura e na criação de animais bovinos, ovinos, caprinos, suínos e galináceos.
Turismo
Santa Filomena reserva para os seus visitantes atrativos históricos, como uma antiga casa de farinha ainda no seu estado rudimentar. Além de apreciar o funcionamento da casa, é possível comer uma tapioca feita na hora num forno de pedra. A casa está localizada no povoado de Socorros, a menos de 30km da cidade.
Existem também diversos engenhos que preservam suas características arquitetônicas do período colonial. Entre eles, dois merecem destaque por sua beleza: o engenho do Pai Avô e o engenho de Diquinho. Lá, os visitantes podem encontrar rapaduras com temperos regionais como coco e cravo. Outra especialidade é o mel garapa, um caldo de cana misturado com frutas como laranja e limão. Tudo feito de forma artesanal.
Num passeio pelas ruas da localidade, pode-se visitar a Igreja da Matriz de Nossa Senhora dos Remédios. A 14 km da cidade, no povoado de Socorro, existe também uma igreja construída ainda no período colonial.
História
A localidade surgiu oficialmente em 1895, quando foi registrado um direito de posse com uma área de terra, pertencendo ao patrimônio da igreja Nossa Senhora dos Remédios. Nessa época, Santa Filomena pertencia à comarca do município de Santa Maria da Boa Vista e recebeu o primeiro nome: ?Queimada do Máximo?.
Segundo contam, um senhor chamado Máximo construiu a primeira casinha neste terreno, e o local, a partir, passou a ser chamado de Queimada do Máximo. Os donos das terras vizinhas quando viram a iniciativa de formar o povoado então se uniram e construíram casas.
Até 12 de agosto de 1934, este povoado era conhecido por Queimada, mas a partir de 08 de setembro do mesmo ano, o padre Luiz Gonzaga Kehrle, que era vigário de Araripina, fez freguesia nessa localidade de Queimada que era Paróquia de Barra de São Pedro e deu o nome de Santa Filomena.
Em 1936, o distrito de Santa Filomena passou a pertencer ao município de Ouricuri. Em 1943, o prefeito de Ouricuri, Oliveira Pessoa, mudou o nome de Santa Filomena para Munduri, onde comprovamos através de certidões de nascimento, casamentos e escrituras de imóveis registrados em cartórios.
Quanto ao aspecto cultural, o que mais predominou foi à religião, que segundo a origem do povoado formado há muitos anos atrás com o nome Queimada Máxima teve também a influência de padres alemães e pessoas religiosas de outros países que vieram em missões para pregar a palavras de Deus. Como não havia um lugar apropriado para isso, resolveram fundar um povoado e construíram uma igreja com pedras. Somente em 29 de setembro de 1995 Santa Filomena foi elevada à categoria de município.
Geografia
A cidade está situada a 630 metros do nível do mar, nos domínios da Bacia Hidrográfica do rio do Pontal. Seus principais tributários são os riachos: Grande, do Frade, do Peixe, dos Caldeirões, Mulungu, da Boa Vista, da Caipora, do mocambo, das Piranhas e da Água Preta. O principal corpo de acumulação é a Lagoa Grande. Todos os cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
O município está inserido na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja, que representa a paisagem típica do semiárido nordestino, caracterizada por uma superfície de pediplanação bastante monótona, relevo predominantemente suave ondulado, cortada por vales estreitos, com vertentes dissecadas Elevações residuais, cristas e/ou outeiros pontuam a linha do horizonte. Esses relevos isolados testemunham os ciclos intensos de erosão que atingiram grande parte do sertão nordestino.
A vegetação é basicamente composta por Caatinga Hiperxerófila com trechos de Floresta Caducifólia. O clima é do tipo Tropical Semiárido, com chuvas de verão. O período chuvoso se inicia em novembro com término em abril. A precipitação média anual é de 431,8 mm.
Fontes: IBGE, Prefeitura de Santa Filomena e Wikipédia.