Conheça mais sobre Salgueiro

Conhecido como a ?Encruzilhada do Nordeste?, Salgueiro está situado na área central da região, praticamente equidistante de todas as capitais dos estados nordestinos - com exceção de São Luís, no Maranhão. Sua localização estratégica faz com que o município seja um dos principais do Sertão pernambucano, com extensão territorial de 1.686,8 km² e população estimada em 61.249 habitantes, de acordo com dados de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A 513 km do Recife, Salgueiro ocupa o 27º lugar do ranking referente ao Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios pernambucanos, totalizando rendimentos de R$ 858.917.920 em 2018. Já o PIB per Capita da cidade é de R$ 14.172,63, 31º lugar do Estado. Conforme dados levantados pelo IBGE, em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é 0,669, nível considerado médio. 

De acordo com o site da Prefeitura de Salgueiro, a vegetação predominante na cidade é a Caatinga e o clima é semiárido quente, com solo arenoso, pedregoso e rochoso. Seus distritos correspondem a Conceição das Crioulas, Umãs, Vasques, Pau-Ferro e Sede. O município faz fronteira com o Ceará ao norte; Belém de São Francisco ao sul; Verdejante, Mirandiba e Carnaubeira da Penha ao leste; e Cabrobó, Terra Nova, Serrita e Cedro a oeste. 

Abrigando o cruzamento das rodovias BR 232 e BR 116, Salgueiro faz parte da Região de Desenvolvimento do Sertão Central junto com os municípios do Cedro, Verdejante, Parnamirim, Terra Nova e Serrita. Sua economia é voltada para a agricultura de subsistência e a agropecuária extensiva, com destaque para a caprinocultura e a avicultura. De acordo com o site Wikipedia, os principais produtos agrícolas são a cebola, o tomate, o algodão, o milho, a banana e a manga.

Educação

A Secretaria de Educação de Salgueiro possui diversas atribuições, detalhadas no site da prefeitura. Entre suas principais funções, estão assegurar a organização eficaz do ensino e da aprendizagem; ofertar a educação infantil em creches e pré-escolas e o ensino fundamental; promover o desenvolvimento da tecnologia em educação; desenvolver programas de ações culturais e esportivas vinculadas ao currículo escolar; e prestar atendimento adequado aos alunos com dificuldades específicas.

É determinado, ainda, que a Secretaria atenda aos alunos da educação infantil e do ensino fundamental com programas suplementares de alimentação, transporte escolar e material didático-escolar; assegurar padrões de qualidade de ensino; promover a formação continuada dos professores da Rede Municipal de Ensino, além de políticas públicas de democratização do acesso ao ensino fundamental e de inclusão social. 

Segundo dados do IBGE, a taxa de escolarização de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade, em 2010, foi de 96,7%. Entre os 185 municípios pernambucanos, Salgueiro ficou no 91º lugar. Já o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), criado para medir a qualidade do aprendizado e estabelecer metas para a melhoria do ensino, atingiu, em 2017, os níveis 5,3 nos anos iniciais do ensino fundamental e 4,6 nos anos finais do ensino fundamental, ambos referentes à Rede Pública de Educação.

O número contabilizado de estabelecimentos de ensino fundamental, em 2018, foi de 44, além de 14 escolas voltadas para o ensino médio. No local, há, ainda, quatro instituições de educação superior, são elas a Universidade de Pernambuco (UPE), a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), a Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (Fachusc) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IFPE Sertão).

Saúde

Como função da Secretaria de Saúde, a Prefeitura de Salgueiro elenca o estabelecimento de diretrizes e promoção do desenvolvimento da política de saúde, por meio da formulação, execução e monitoramento do Plano Municipal de Saúde; a manutenção e a melhora das estruturas físicas das unidades de saúde sob gestão municipal; o desenvolvimento de ações intersetoriais, em articulação com outras secretarias municipais; e a garantia à população o acesso aos serviços de saúde e aos medicamentos. Em 2009, quando foi realizado o último levantamento do IBGE, foram contabilizados 30 estabelecimentos vinculados ao Sistema Único de Saúde no município.

A taxa de mortalidade infantil média, em Salgueiro, foi de 15,20 para cada mil nascidos vivos, segundo também apurou o IBGE, já em 2017. As internações devido a diarreias, por sua vez, taxa medida em 2016, são de 3,9 para mil. Comparada com os outros municípios do Estado, a cidade fica nas posições 58 e 9 de 185, respectivamente. Se equiparada a cidades de todo o Brasil, as posições são de 1.872 e 905, respectivamente.

Turismo e Cultura

Localizada em uma área tática, no centro do Nordeste, a cidade de Salgueiro abriga um importante eixo rodoviário e possui diversas opções de hotéis e pousadas, Casa da Cultura, clubes, serviços de alimentação, entre outros, para viajantes, turistas e moradores. Há atrações de belezas naturais, religiosas, arqueológicas, históricas e festivas. Como exemplo, a prefeitura cita o Busto de Raimundo de Sá, a Praça da Catedral, o Obelisco Cristo Redentor, a Casa do Sanfoneiros, a Estação Ferroviária, o Estádio Municipal Cornélio de Barros Muniz e Sá (Salgueirão) e a Vista Noturna da Serra do Cruzeiro.

Com uma forte herança cultural, o município apresenta o toré, dança de origem indígena; o trancelim, dança criada pela população negra remanescente de quilombos no distrito de Conceição das Crioulas; a Dança de São Gonçalo, ocasião em que os fiéis pagam promessas; o Pastoril e o Bumba-Meu-boi. Há, também, uma grande tradição de "rezadeiras" e "benzedeiras", que ajudariam a afastar o "mau olhado", e uma variada feira livre, realizada aos sábados.

A cidade conta com pontos de exibição de fósseis de animais pré-históricos e de inscrições rupestres em sítios arqueológicos, como a Serra das Letras, a Pedra das Abelhas, o Sítio Paula e a Pedra da Mão. Para apreciação das belezas naturais, são bastante visitados a Serra da Onça, a Serra das Princesas, o Açude da Boa Vista, o Caldeirão do Sítio Felix, a Pedra do Frade, a Serra do Urubu, o Pico do Cruzeiro dos Lopes e a Barragem da Canoa.

Os belos prédios históricos do local contam a trajetória da região após sua colonização, ocorrida por volta do século 17. A Igreja de Santo Antônio, o casario da Praça da Matriz (com destaque especial para o prédio onde funciona a Câmara de Vereadores), a Casa da Cultura e o Chalé Villa Maria são grandes exemplos da beleza arquitetônica da cidade.

Na gastronomia local, há uma forte presença de pratos como bode guisado, assado com macaxeira, coalhada com rapadura, arroz doce, buchada, lingüiça de bode, galinha de capoeira, sarapatel, munguzá salgado e carneiro assado. Como sobremesa, são comuns o doce de leite, as compotas de frutas e a umbuzada.

Entre os filhos ilustres da cidade, há o jornalista e escritor Raimundo Carrero, o ator Jesuíta Barbosa, o jogador de futsal Manoel Tobias, o músico Zenilton e o cantor Targino Gondim.

História

De acordo com a Wikipedia, a área onde hoje está situada a cidade de Salgueiro tem sido ocupada por grupos humanos há milhares de anos. Isso fica claro quando observadas as várias exibições de pinturas rupestres em sítios arqueológicos do município. Por muito tempo, os povos indígenas Cariris dominaram o local, tendo travado um grande combate pelas terras após a chegada dos colonizadores portugueses.

Parte da população negra, advinda de quilombos, tornou-se vaqueira e introduziu na localidade, de acordo com a Wikipedia, diversas técnicas de construção de casas de barro e cercas de pau-em-pé, desconhecidas pelos portugueses. Houve bastante resistência à colonização da área, mas famosas lutas, como o Massacre de Ouro Preto, acabaram tornando isso inevitável. 

Nomenclatura

Salgueiro possui, ainda, uma interessante história sobre o surgimento de seu nome. Uma narrativa bastante peculiar. Informações da prefeitura dão conta de que, na manhã do dia 21 de dezembro de 1835, o pequeno Raimundo, filho do coronel local, Manoel de Sá, não foi ao encontro do pai no final do dia, como era de costume. 

Estranhando a ausência do nono filho, o coronel o procurou por todo lado e não o encontrou. Então, formou-se um grupo de habitantes que se mobilizaram para sua busca, pois a área, no período da noite, era perigosa, com vários animais à solta. 

A mãe de Raimundo, Dona Quitéria, já em desespero, fez uma promessa a Santo Antônio, garantindo que, se encontrasse seu filho com vida, construiria uma capela em sua homenagem. 

Após mais de 48 horas, no dia 23, Manoel de Sá, junto a outras pessoas, encontrou a criança sã e salva, brincando debaixo de um pé de Salgueiro. O menino estaria a cerca de 10 quilômetros da fazenda. Foi depois disso que o coronel teria construído a primeira capela da região, onde atualmente está situada a Igreja Matriz de Santo Antônio. 

Aos poucos, a população foi se estabelecendo no entorno do templo religioso, o que deu início à Vila de Santo Antônio do Salgueiro. A vila foi elevada à condição de freguesia em 12 de maio de 1843, fazendo parte de Cabrobó. Em 30 de abril de 1864, de acordo com o site da prefeitura, a freguesia de Santo Antônio do Salgueiro tornou-se o município do Salgueiro pela Lei Provincial nº 580, tendo como primeiro intendente o Major Raimundo de Sá, filho do Coronel Manoel de Sá.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Salgueiro e Wikipédia.