Educação
Conforme o último levantamento publicado pelo IBGE (2019), o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município registrou 4,7 para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental (colocação em 130º no Estado e 4416º no país) e 4,7 para os Anos Finais do Ensino Fundamental (61º no Estado e 2446º no país), ambos os indicadores da rede pública. O Ideb é utilizado para medir a qualidade do aprendizado e estabelecer metas para melhoria do ensino, avaliando o fluxo escolar e as médias de desempenho. Ainda segundo o IBGE, em 2020, Águas Belas dispunha de 28 escolas para o ensino fundamental e 03 para o ensino médio.
Saúde
O IBGE informou que a taxa de Mortalidade Infantil média (2019) na cidade é de 15,63 para 1.000 nascidos vivos (colocação em 55º no Estado e 1791º no país) e as Internações por Diarreias (2016) são de 0,7 para cada 1.000 habitantes (63º no Estado e 2889º no país). Ainda de acordo com o IBGE, o município conta com 10 unidades de saúde pública (2009).
Economia
O PIB per capita de Águas Belas atingiu o valor de R$ 8.140,21 em 2018, segundo o IBGE.
De acordo com o site Guia do Turismo Brasil, a atividade econômica predominante é a agricultura, vindo a pecuária em seguida.
História
A região onde a cidade está localizada, originalmente, era habitada pelos índios tupiniquins, que teve sua tribo unificada com a Carniós, que residia nas imediações da Serra dos Cavalos.
A aldeia era conhecida como Lagoa por causa de uma lagoa que existia no local. Hoje, na localidade encontra-se a Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Depois, a povoação ganhou o nome de Ipanema.
Consta que, por volta do ano de 1700, apareceu na região o primeiro homem branco, chamado de João Rodrigues Cardoso. O objetivo dele era unificar as duas tribos existentes na região.
A denominação Águas Belas surgiu com o ouvidor Jacobina que, durante uma viagem, encontrou no local água potável de excelente qualidade e teria falado: "Águas Belas, as desta povoação que a chamam de Ipanema, quando lhe deviam chamar, antes, Águas Belas".
Desmembrado do município de Buíque em 13 de junho de 1871, tornando-se emancipada politicamente, Águas Belas foi elevada à categoria de cidade a 24 de maio de 1904 (naquela época, as vilas tornavam-se emancipadas politicamente, para depois serem elevadas à categoria de cidade).
As terras indígenas foram demarcadas em 1875, embora os conflitos pela terra não tenham sido completamente sanados, entretanto, é necessário a re-demarcação. Em 2010, a FUNAI esteve em Águas Belas para iniciar o processo de re-demarcação, entretanto, o processo ainda se encontra em fase de identificação.
A cidade de Águas Belas encontra-se dentro de reserva indígena. Foram construídas dentro da reserva edificações, como a rodovia 423, que corta o lote dos índios pela metade.
Hoje, cerca de 5.000 índios Fulni-ôs também habitam uma área dividida em 427 lotes individuais, que totalizam 11505 hectares. Eles vivem do artesanato e da agricultura de subsistência. São ainda os únicos índios da região nordeste, com exceção das etnias do Maranhão Kanela (Apanyekra e Ramkokamekra), Krikati, Gavião (Pukobyê), Kokuiregatejê, Timbira do Pindaré e Krejê) com o idioma próprio, o Yaathê. Nas práticas culturais encontram-se alguns rituais como o Toré e Cafurna e o Ouricuri.
Geografia
O território municipal, segundo o IBGE, é de 885,988 km², estando a cerca de 303 quilômetros de Recife, cujo acesso é feito pelas BR-423 e PE-300. Os municípios limítrofes são Buíque e Pedra, ao sul; estado de Alagoas, ao sul; Iati, ao leste; e Itaíba, a oeste.
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileito, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005.
Cultura, Turismo e Lazer
Os costumes indígenas estão presentes no artesanato da região, em produtos decorativos e utilitários feitos em cestaria e trançados.
Para visitar a tribo dos Fulni-ô é necessária uma autorização prévia da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
Os principais pontos turísticos são: a Igreja Matriz, erguida no século XVII e a Serra do Comunaty, entre Pernambuco e Alagoas, com cerca de 350 metros de altura.
A melhor época para visitar a cidade é nos meses de janeiro e fevereiro, período que acontece a festa de São Sebastião. O evento atrai pessoas de cidades vizinhas que participam e assistem manifestações folclóricas como pastoril e reisado, enquanto os fiéis fazem novenários, missas e procissões.
Fontes: IBGE, Wikipédia e Guia do Turismo Brasil